Série sobre a história dos grandes hinos da música cristã - parte 6 - Conversão

Amados. Hoje continuamos com a nossa série dos grandes hinos cristãos, os pioneiros da música em todo o mundo. Hoje, vamos continuar com um belo hino, "Conversão", também conhecido como “Foi na cruz”.

Os autores

Isaac Watts

Isaac nasceu em 17 de julho de 1674, em Southampton, na Inglaterra. Seu pai era um não-conformista, que, por causa desse seu ponto de vista controverso em relação à determinados assuntos, foi preso duas vezes.

Aprendeu grego, latim e hebraico, com o mestre da Escola Gramatical de Southampton, na época em que estudou na Escola Rei Edward IV.

O dom para composição de músicas nasceu muito cedo em sua vida. Isso fez com que vários amigos dele oferecessem uma oportunidade para que estudasse na universidade local, achando que ele poderia ocupar futuramente um cargo na igreja da Inglaterra. Ele, pelo contrário, recusou e preferiu entrar na Academia Não-Conformista, em Stoke Newington, em 1690, sob cuidados do Pr. Thomas Rowe, da Congregação Independente de Girdlers’ Hall – congregação esta que ingressou em 1693.

Aos 20 anos de idade, ele conclui o curso e então ele fica em sua casa por dois anos. Nesse período ele começou a escrever o livro Hymns and Spiritual Songs, que fora publicado em 1707.

Antes mesmo de começar a compor, ele já pregou seu primeiro sermão aos 14 anos de idade. Em 1702 ele foi consagrado como pastor da Congregação Independente de Mark Lane. Nesse período ele começa a apresentar problemas de saúde, como uma forte febre. Isso fez com que ele se mudasse para a casa de Sir Thomas Abney, durante um bom tempo, e posteriormente em várias cidades, como Theobalds, Hertfordshire e, principalmente, Stoke Newington, onde morou 13 anos até a sua morte.

Isaac morreu em 25 de novembro de 1748, em Stoke Newington. Morreu considerado como o “pai dos hinos cristãos ingleses”, tendo cerca de 750 escritos. Recebeu, em 1728, o título de Doutor em Divindade, pela Universidade de Edinburgh.


Ralph Erskine Hudson

Ralph nasceu em 12 de julho de 1843, em Napoleon. Filho de Henry Hudson e Sarah Hudson, ele muda-se com eles para a Pensilvânia.

Quando iniciou a Guerra Civil Americana, Ralph alista-se no 10º Regimento de Voluntário,s onde serviu por três anos. Depois disto, torna-se professor de música – por sinal, bem sucedido. Em 1872 torna-se professor de canto no Colégio Mount Union, onde, posteriormente, passou os 25 anos seguintes na área de Mount Union-Alliance.

Por um tempo chegou a trabalhar no ramo imobiliário. Mas foi como autor de hinos e editor musical que ele se tornou conhecido mundialmente, assim como com seu trabalho de evangelista. Ele foi pregador, membro da Igreja Metodista Episcopal, em Mt. Union.
Em 1897, nosso irmão Hudson muda-se para Cleveland, onde continuou como autor de canções e evangelista. Quatro anos mais tarde, ele saiu para uma grande viagem, promovendo seu último hinário. Nesse período, ele começou a ficar doente e veio a falecer.

Ralph faleceu em 14 de junho de 1901, em Cleveland. Morreu como membro da Associação dos Pregadores Locais de sua cidade.


O hino

Diferente da grande maioria dos hinos, nossos autores não são, na realidade, quem fez a letra e música. Isaac foi o compositor da letra original, enquanto Ralph foi o autor do refrão que conhecemos atualmente.

O livro HCC – Notas históricas, escrito por Edith Mulholland, descreveu na história deste hino que o grande hinólogo W. J. Reynolds descobriu, depois de muitas pesquisas, que a origem do hino Conversão vem do hino Alas! And did my Savior bleed. O hino foi escrito por Isaac em 1707, no hinário Hymns and Spitirual Songs. O hino consistia no que conhecemos, mas sem coro e com melodia diferente.

Muito tempo depois, no ano de 1855, nosso irmão Hudson, já com uma bagagem de sentimentos referentes ao hino de Isaac, estava participando de uma camp meeting, que era uma reunião cristã criada nos EUA pelos metodistas, com o objetivo de se reunirem para orar ao ar livre – semelhante as nossas atuais orações nos montes. Durante uma delas, ele começa a ter a inspiração com base no hino de Isaac, fazendo com que ele crie uma nova música para o hino, e, de brinde, um coro para a canção. Isso fez com que a canção passasse a ser conhecida como At the cross. Anos depois, em 1885 a canção é lançada no livro Songs of peace, love and joy, compilado e criado por Ralph.

É importante salientar que várias são as melodias criadas para o hino de Isaac e Ralph, tanto antes quanto depois de 1855. Mas até hoje a versão e música mais cantadas é a do nosso irmão Hudson.


A experiência

A experiência que quero compartilhar com vocês é a do testemunho da nossa amada irmã Frances Jany Crosby, ou Fanny Crosby. Ela é internacionalmente conhecida por ter sido a maior autora de hinos sacros até hoje conhecida, com impressionantes quase nove mil – eu disse NOVE MIL – hinos. Além disso, desde criança era cega, devido a um grave erro médico.

Em 1850 ela, com 30 anos de idade, se converteu e passou a trabalhar na obra de Deus. Na igreja metodista em que congregava, a Thirtieth Street Methodist Church, em sua cidade local, ela participava de vários cultos de avivamento. Ela comentava que em novembro desse ano, durante essa campanha, várias pessoas iam todos os dias. Mas mesmo assim, ela, que havia ido duas vezes ao culto, estava buscando a paz, mas não conseguia encontrá-la.

Até que um dia, ela decide ir ao culto. Tão logo ela entra na igreja, e ela percebeu uma luz muito forte. Ela decidiu ir até o altar. Depois da oração, os irmãos começam a cantar o hino de Isaac Watts. Nesse dia, como ela mesma diz, “[...] eu me entreguei ao Salvador, e senti minha alma inundada pela luz celestial. Saltei nos meus pés clamando Aleluia!”.

Temos que ser gratos eternamente ao nosso Pai que, por meio de seu filho amado, nós podemos ver nossos pecados carregados por Jesus, nossos olhos se abriram e hoje temos alegria e paz!

Que Deus te abençoe!

@jonathacardoso

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