Análises
Relembramos o único disco de Janires - Janires e Amigos. Confira nossa crítica

A figura de Janires, em quatro anos de trajetória com o Rebanhão, já era mítica. Os discos Mais Doce que o Mel (1981) e Luz do Mundo (1983) exibiram uma mistura de críticas sociais certeiras, um romantismo lúdico e um amor pela música brasileira. Prestes a deixar o Rebanhão, em dezembro de 1984, o músico embarcou na missão de produzir o seu único trabalho solo – e coincidentemente primeiro trabalho ao vivo na história da música evangélica no Brasil. Janires e Amigos, na ocasião, era um trabalho antológico e pretensioso, principalmente por reunir as participações de nomes como João Alexandre no choro Casinha e do hitmaker Ed Wilson nas vozes da infantil Jesus Super Heroi.
No Rebanhão, Janires provou que a banda era capaz de fazer qualquer coisa. Nada muito diferente do seu único disco solo, que não se prende ao apenas discurso cristão de salvação divina. Apesar do cantor ser o grande intérprete e mente por trás das canções, o repertório é composto por várias homenagens a amigos que o ajudaram na estrada. Por isso, a dramática história da ex-atriz Helena (Todo Pecado Será Perdoado), conhecida como Darlene Glória, é conduzida pela dor, mas também pela redenção. As dificuldades não ficam distantes em Baltazar (O Artilheiro de Deus), direcionada ao ex-jogador da Seleção Brasileira. Alex Dias Ribeiro, já tributado na clássica "Hoje Sou Feliz", recebeu uma versão ainda mais direta com Alex (O Baixinho Voador).
Como complemento, Pedro Braconnot, Kandell e Carlinhos Felix, integrantes do Rebanhão, tocam no álbum, o que faz com que o disco seja conhecido, ao mesmo tempo, como um registro da banda. A ausência do baixista Paulo Marotta é compensada com a presença de Gladson Góes, responsável pelas linhas de baixo de Baião I. Mas, além do Rebanhão, há significativas contribuições da Banda Fé, embrião do que se tornaria, futuramente, a Banda & Voz. Além das homenagens, Arca é um dos melhores registros histórico-musicais do que era feito de música cristã contemporânea na década de 1980. Janires e Amigos foi relançado em CD na década de 1990, com significativas mudanças na ordem das músicas e inclusão de duas faixas do Rebanhão. Mesmo assim, não perdeu sua relevância em ser um dos registros mais impressionantes da década de 1980. A curta, porém genial trajetória de Janires, pode ser conferida em canções que tratam sobre a vida, o amor, a morte e a eternidade.
Avaliação: 5/5
No Rebanhão, Janires provou que a banda era capaz de fazer qualquer coisa. Nada muito diferente do seu único disco solo, que não se prende ao apenas discurso cristão de salvação divina. Apesar do cantor ser o grande intérprete e mente por trás das canções, o repertório é composto por várias homenagens a amigos que o ajudaram na estrada. Por isso, a dramática história da ex-atriz Helena (Todo Pecado Será Perdoado), conhecida como Darlene Glória, é conduzida pela dor, mas também pela redenção. As dificuldades não ficam distantes em Baltazar (O Artilheiro de Deus), direcionada ao ex-jogador da Seleção Brasileira. Alex Dias Ribeiro, já tributado na clássica "Hoje Sou Feliz", recebeu uma versão ainda mais direta com Alex (O Baixinho Voador).
Como complemento, Pedro Braconnot, Kandell e Carlinhos Felix, integrantes do Rebanhão, tocam no álbum, o que faz com que o disco seja conhecido, ao mesmo tempo, como um registro da banda. A ausência do baixista Paulo Marotta é compensada com a presença de Gladson Góes, responsável pelas linhas de baixo de Baião I. Mas, além do Rebanhão, há significativas contribuições da Banda Fé, embrião do que se tornaria, futuramente, a Banda & Voz. Além das homenagens, Arca é um dos melhores registros histórico-musicais do que era feito de música cristã contemporânea na década de 1980. Janires e Amigos foi relançado em CD na década de 1990, com significativas mudanças na ordem das músicas e inclusão de duas faixas do Rebanhão. Mesmo assim, não perdeu sua relevância em ser um dos registros mais impressionantes da década de 1980. A curta, porém genial trajetória de Janires, pode ser conferida em canções que tratam sobre a vida, o amor, a morte e a eternidade.
Avaliação: 5/5
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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