Análises
Ouvimos um dos maiores sucessos do Santa Geração - Coração em Arrependimento. Confira a crítica retrospectiva

Quando foi lançado em 2003, o quinto álbum do projeto praticamente solo de Antônio Cirilo chamado de Santa Geração, Coração em Arrependimento, foi uma evolução natural e preponderante na discografia em relação ao antecessor e superestimado Poderoso Deus (2002).
Cirilo, conhecido pela sua habilidade de criar canções longas de poucos acordes, usa isso a seu favor. Obviamente o recurso, nos discos seguintes, seria explorado exaustivamente até carregar o estereótipo de "mantra gospel" mas nesta obra, em específico, há harmonia. É o disco do Santa Geração mais coeso de toda a carreira. A faixa de introdução, Rei das Nações, é resultado de maturação. Com riffs de guitarra de Tiago Morais e programações do tecladista Gustavo Soares, toda a banda consegue trazer um som etéreo de tino congregacional através das captações ao vivo. A voz do público é fundamental e não soa artificial como a maioria dos álbuns que utilizam captações. Na verdade, o álbum de Cirilo não tenta forçar algo que não é e se demonstra como um trabalho de estúdio por excelência.
Mesmo responsável pela assinatura e produção musical de todas as músicas, Antônio Cirilo conseguiu manter o perfil de "banda" que permeia a maioria das suas gravações. O disco, por vezes, soa como uma jam session. A Recompensa, mesmo com suas repetições, consegue manter um tom espontâneo. As performances vocais de Heloisa Rosa em Sangue Precioso cumprem a expectativa sugerida e Sacrifícios Espirituais, finalizando, é fortalecida pela fusão de elementos eletrônicos e acústicos. Nesse tom, os violões executados pelo vocalista juntamente com Anderson Lopes são fundamentais juntamente com os elementos de percussão.
Cálice da Salvação é o ápice em todos os sentidos. É nesta música que violões, guitarras, sintetizadores e harmonias vocais adequadas se confluem e o violino, executado por Davi, toma maior corpo. Mas os versos líricos que realmente surpreendem estão em Em Arrependimento, embora soe muito mais uma poesia e reflexão do que canção propriamente dita. Neste trabalho, Antônio Cirilo se apresenta de forma mais séria e menos despojada em relação a qualquer outro trabalho da banda, tornando-o um registro artístico ímpar em sua trajetória musical como compositor e diretor musical.
Nota: ★★★★☆
Cirilo, conhecido pela sua habilidade de criar canções longas de poucos acordes, usa isso a seu favor. Obviamente o recurso, nos discos seguintes, seria explorado exaustivamente até carregar o estereótipo de "mantra gospel" mas nesta obra, em específico, há harmonia. É o disco do Santa Geração mais coeso de toda a carreira. A faixa de introdução, Rei das Nações, é resultado de maturação. Com riffs de guitarra de Tiago Morais e programações do tecladista Gustavo Soares, toda a banda consegue trazer um som etéreo de tino congregacional através das captações ao vivo. A voz do público é fundamental e não soa artificial como a maioria dos álbuns que utilizam captações. Na verdade, o álbum de Cirilo não tenta forçar algo que não é e se demonstra como um trabalho de estúdio por excelência.
Mesmo responsável pela assinatura e produção musical de todas as músicas, Antônio Cirilo conseguiu manter o perfil de "banda" que permeia a maioria das suas gravações. O disco, por vezes, soa como uma jam session. A Recompensa, mesmo com suas repetições, consegue manter um tom espontâneo. As performances vocais de Heloisa Rosa em Sangue Precioso cumprem a expectativa sugerida e Sacrifícios Espirituais, finalizando, é fortalecida pela fusão de elementos eletrônicos e acústicos. Nesse tom, os violões executados pelo vocalista juntamente com Anderson Lopes são fundamentais juntamente com os elementos de percussão.
Cálice da Salvação é o ápice em todos os sentidos. É nesta música que violões, guitarras, sintetizadores e harmonias vocais adequadas se confluem e o violino, executado por Davi, toma maior corpo. Mas os versos líricos que realmente surpreendem estão em Em Arrependimento, embora soe muito mais uma poesia e reflexão do que canção propriamente dita. Neste trabalho, Antônio Cirilo se apresenta de forma mais séria e menos despojada em relação a qualquer outro trabalho da banda, tornando-o um registro artístico ímpar em sua trajetória musical como compositor e diretor musical.
Nota: ★★★★☆
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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