Análises
Ouvimos o novo disco do Trazendo a Arca - Habito no Abrigo. Confira nossos comentários

Em junho de 2009, o Trazendo a Arca quebrava protocolos com o corajoso e prolífico Pra Tocar no Manto, uma obra de Luiz Arcanjo com questionamentos e reflexões sobre a superficialidade da vida cristã em alguns setores evangélicos. Ele foi um dos poucos discos da última década a quebrar com o cinismo e covardia crescente da música congregacional brasileira. Após os equilibrados Salmos e Cânticos Espirituais (2009) e Entre a Fé e a Razão (2010), contraditoriamente, a banda foi extremamente radical e fez Na Casa dos Profetas (2012), um registro forçado, na tentativa pouco original e convincente de ser tão moderno quanto os grupos pop da MCC norte-americana.
Mas Habito no Abrigo é o primeiro álbum de caráter clássico do Trazendo a Arca após tantas transições, realocações e tentativas. Após a saída do produtor musical e arranjador Ronald Fonseca, o baixista Deco Rodrigues e vocalista Luiz Arcanjo assinam quase todas as faixas, enquanto os arranjos ficaram a cargo de Kleyton Martins, tecladista da banda de Davi Sacer.
O registro compõe músicas que caracterizam Arcanjo: poesias (Estações), arranjos de apelo supra sensorial (Batizará) e enfoques que remetem ao último trabalho ao vivo do grupo, Live in Orlando (Meu Redentor Vive/Levanta e Anda). O Senhor é Bom é minimalista na forma Trazendo a Arca de ser, enquanto Minhas Fontes Estão em Ti é mais fiel ao estilo estabelecido pelo quarteto. A faixa de abertura, Até que os Reinos, enaltece riffs de baixo semelhantemente a "Celebrai", de Na Casa dos Profetas. Em momentos como esse, em que a banda procura experimentar e sair em vanguarda, a inadequação é evidente. Quando eles se voltam à zona de conforto, soa honesto. Adorai, uma das melhores canções do álbum, é referência inevitável de "Senhor e Rei", de Olha pra Mim (2006). Vários aspectos do projeto olham para o passado do Trazendo a Arca, embora não com todo o poder de outrora, fornecem um passeio agradável. O quarteto, em seu novo álbum, não procura impressionar. Eles vão pelo caminho que construíram, reconhecem as limitações, sem apelar para versões, como vários de seus congêneres.
Nota: ★★★☆☆
Mas Habito no Abrigo é o primeiro álbum de caráter clássico do Trazendo a Arca após tantas transições, realocações e tentativas. Após a saída do produtor musical e arranjador Ronald Fonseca, o baixista Deco Rodrigues e vocalista Luiz Arcanjo assinam quase todas as faixas, enquanto os arranjos ficaram a cargo de Kleyton Martins, tecladista da banda de Davi Sacer.
O registro compõe músicas que caracterizam Arcanjo: poesias (Estações), arranjos de apelo supra sensorial (Batizará) e enfoques que remetem ao último trabalho ao vivo do grupo, Live in Orlando (Meu Redentor Vive/Levanta e Anda). O Senhor é Bom é minimalista na forma Trazendo a Arca de ser, enquanto Minhas Fontes Estão em Ti é mais fiel ao estilo estabelecido pelo quarteto. A faixa de abertura, Até que os Reinos, enaltece riffs de baixo semelhantemente a "Celebrai", de Na Casa dos Profetas. Em momentos como esse, em que a banda procura experimentar e sair em vanguarda, a inadequação é evidente. Quando eles se voltam à zona de conforto, soa honesto. Adorai, uma das melhores canções do álbum, é referência inevitável de "Senhor e Rei", de Olha pra Mim (2006). Vários aspectos do projeto olham para o passado do Trazendo a Arca, embora não com todo o poder de outrora, fornecem um passeio agradável. O quarteto, em seu novo álbum, não procura impressionar. Eles vão pelo caminho que construíram, reconhecem as limitações, sem apelar para versões, como vários de seus congêneres.
Nota: ★★★☆☆
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Trazendo a Arca
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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