Análises
Ouvimos o novo disco do Ao Cubo - Década. Confira nosso review

A missão para um álbum com título Década é complexa, entretanto o Ao Cubo alcançou um bom resultado com seu projeto comemorativo, que passeia, dentre as inéditas e regravações nas múltiplas facetas de seu trabalho em dez anos.
No visual ao vivo e desempenho extravagante, há de se pensar que o grupo deixou a simplicidade. Mas não, ela está lá, no público em uníssono cantando os clássicos Naquela Sala e 1980, ou até mesmo nas canções da fase Um por Todos (na qual considero a mais fraca).
Principalmente, desta fase o Ao Cubo abre muito bem com a ótima Põe na Conta, deixando escancarado em todos os momentos que abriu mão dos overdubs, e a escolha foi ótima, transmitindo a vivacidade do registro ao vivo. O único ponto negativo vai para os cortes exagerados entre algumas canções, como no final de Mil Desculpas e Filhos.
As participações especiais nas inéditas estão satisfatórias, principalmente de Lázaro que põe o devido feeling em Cicatrizes, êxito que foi menor por Thalles em Quem Te Viu. E para quem esperava algo para continuar a história do personagem Edvaldo Silva, temos Edvaldo 3, que remete a detalhes dos dois primeiros álbuns do Ao Cubo e surpreende. Dexter apresenta uma boa parceria com o Ao Cubo com Abençoado por Deus. Para manchar a obra, temos Theguedie, que é a pior música do álbum.
Os scratches de Fjay evoluem muito bem em Estamos mas não somos e também nos sintetizadores das canções seguintes. Dentre os rappers Cleber e Feijão, Cleber ainda se mostra o melhor compositor, embora Vulgo Feijão não fique muito atrás e a empatia musical dos dois seja admirável. Dona Kelly centraliza as canções nos seus vocais com a mesma identidade que a marcou nos álbuns anteriores, como exemplo em Bye bye Tristeza. O resultado é um quarteto explosivo, que não está nem um pouco aquém do que vemos no cenário nacional do rap. Prova disso é que a banda foi reconhecida inicialmente no meio “secular”.
A arte do álbum apresenta detalhes criativos sobre a gravação do DVD e bastidores da banda. Como todo encarte de rap, é impossível colocar os versos de todas as músicas, mas todos os créditos das canções são detalhadamente e devidamente inclusos. Em formato digipack, também mostra uma linha do tempo da trajetória do Ao Cubo, desde a gravação de Respire Fundo até o lançamento deste trabalho.
Alcançaram o equilíbrio novamente em Década, enquanto em Um por Todos tinham se perdido. O desafio para a próxima década é mesclar as múltiplas características do Ao Cubo sem exageros e estrelismos, mantendo o pé no chão. O quarteto, mantendo a unidade, sem dúvida vai mais longe.
No visual ao vivo e desempenho extravagante, há de se pensar que o grupo deixou a simplicidade. Mas não, ela está lá, no público em uníssono cantando os clássicos Naquela Sala e 1980, ou até mesmo nas canções da fase Um por Todos (na qual considero a mais fraca).
Principalmente, desta fase o Ao Cubo abre muito bem com a ótima Põe na Conta, deixando escancarado em todos os momentos que abriu mão dos overdubs, e a escolha foi ótima, transmitindo a vivacidade do registro ao vivo. O único ponto negativo vai para os cortes exagerados entre algumas canções, como no final de Mil Desculpas e Filhos.
As participações especiais nas inéditas estão satisfatórias, principalmente de Lázaro que põe o devido feeling em Cicatrizes, êxito que foi menor por Thalles em Quem Te Viu. E para quem esperava algo para continuar a história do personagem Edvaldo Silva, temos Edvaldo 3, que remete a detalhes dos dois primeiros álbuns do Ao Cubo e surpreende. Dexter apresenta uma boa parceria com o Ao Cubo com Abençoado por Deus. Para manchar a obra, temos Theguedie, que é a pior música do álbum.
Os scratches de Fjay evoluem muito bem em Estamos mas não somos e também nos sintetizadores das canções seguintes. Dentre os rappers Cleber e Feijão, Cleber ainda se mostra o melhor compositor, embora Vulgo Feijão não fique muito atrás e a empatia musical dos dois seja admirável. Dona Kelly centraliza as canções nos seus vocais com a mesma identidade que a marcou nos álbuns anteriores, como exemplo em Bye bye Tristeza. O resultado é um quarteto explosivo, que não está nem um pouco aquém do que vemos no cenário nacional do rap. Prova disso é que a banda foi reconhecida inicialmente no meio “secular”.
A arte do álbum apresenta detalhes criativos sobre a gravação do DVD e bastidores da banda. Como todo encarte de rap, é impossível colocar os versos de todas as músicas, mas todos os créditos das canções são detalhadamente e devidamente inclusos. Em formato digipack, também mostra uma linha do tempo da trajetória do Ao Cubo, desde a gravação de Respire Fundo até o lançamento deste trabalho.
Alcançaram o equilíbrio novamente em Década, enquanto em Um por Todos tinham se perdido. O desafio para a próxima década é mesclar as múltiplas características do Ao Cubo sem exageros e estrelismos, mantendo o pé no chão. O quarteto, mantendo a unidade, sem dúvida vai mais longe.
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Ao cubo
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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