Análises
Ouvimos o novo disco de Arianne - Outono. Confira nossa crítica

Quando Arianne lançou o álbum A Música da Minha Vida, em 2013, um release promocional definia os arranjos do projeto como "diferentes e inovadores". Mas a verdade é que a artista mineira, nos três primeiros discos que compõem sua discografia, impressionou mais pela voz grave do que, necessariamente, pela musicalidade. Arianne tinha algo a dizer, mas sua identidade soava reprimida em uma casca pop que mais lhe limitava do que se mostrava marcante. Mas, em 2016, com o lançamento de Outono, seu melhor álbum até aqui, a intérprete mostra a que realmente veio.
A produção musical é de Sergio Cavalieri e mescla participações de vários músicos nacionais e internacionais, como o baixista Ted Hunter e o versátil baterista Dan Needham, responsável por ter gravado com Michael W. Smith, Petra, Chris Tomlin e, no Brasil, artistas como Davi Sacer. Gravado nos Estados Unidos, o novo álbum de Arianne lança-a ao indie rock e, com influências do folk, o novo registro é, sem dúvidas, um divisor de águas em sua carreira solo.
Afinal, Outono representa as mudanças em sua vida pessoal, incluindo o nascimento de seu primeiro filho. Mas também é um processo de transição artística, cuja ousadia, certamente, levou Arianne a um estado catártico. O single Azul lança riffs envolventes sobre a canção que é dramática, mas ao mesmo tempo, alegre.
Outono é, sobretudo, uma mistura de sentimentos bem intrincados. A cantora pode exalar tranquilidade, como no outro single, O Agora e o Futuro, conduzido por um violão folk. Porém, Arianne também ousa canções mais experimentais e corajosas. É o caso da faixa-título, Outono, que conta com um dueto sinérgico com Marcos Almeida e ignora qualquer pretensão radiofônica.
A parceria entre Arianne e Daniela Araújo em Onde Está o Teu Deus é experimental e pungente na medida correta: Conta com guitarras intensas e arranjos vocais que valorizam a personalidade das artistas. Em outros pontos do projeto, como Salmos 27, a produção de Sergio não tem medo de soar crua e direta. Mesmo assim, o álbum não abre mão de momentos como De A a Z, cuja fusão entre MPB e indie rock se mostra eficaz aos seus versos poéticos.
Vinde a Mim, com suas influências de jazz em um flerte nada sutil com o blues nas seis cordas, retoma o discurso do projeto que, embora não seja completamente conceitual, faz jus à um período de maturação da obra de Arianne. Mais livre e aparentemente segura para mostrar quem realmente é artisticamente, a cantora, agora renovada, pode mostrar novas cores ao chegar na primavera.
Nota: ★★★★☆
A produção musical é de Sergio Cavalieri e mescla participações de vários músicos nacionais e internacionais, como o baixista Ted Hunter e o versátil baterista Dan Needham, responsável por ter gravado com Michael W. Smith, Petra, Chris Tomlin e, no Brasil, artistas como Davi Sacer. Gravado nos Estados Unidos, o novo álbum de Arianne lança-a ao indie rock e, com influências do folk, o novo registro é, sem dúvidas, um divisor de águas em sua carreira solo.
Afinal, Outono representa as mudanças em sua vida pessoal, incluindo o nascimento de seu primeiro filho. Mas também é um processo de transição artística, cuja ousadia, certamente, levou Arianne a um estado catártico. O single Azul lança riffs envolventes sobre a canção que é dramática, mas ao mesmo tempo, alegre.
Outono é, sobretudo, uma mistura de sentimentos bem intrincados. A cantora pode exalar tranquilidade, como no outro single, O Agora e o Futuro, conduzido por um violão folk. Porém, Arianne também ousa canções mais experimentais e corajosas. É o caso da faixa-título, Outono, que conta com um dueto sinérgico com Marcos Almeida e ignora qualquer pretensão radiofônica.
A parceria entre Arianne e Daniela Araújo em Onde Está o Teu Deus é experimental e pungente na medida correta: Conta com guitarras intensas e arranjos vocais que valorizam a personalidade das artistas. Em outros pontos do projeto, como Salmos 27, a produção de Sergio não tem medo de soar crua e direta. Mesmo assim, o álbum não abre mão de momentos como De A a Z, cuja fusão entre MPB e indie rock se mostra eficaz aos seus versos poéticos.
Vinde a Mim, com suas influências de jazz em um flerte nada sutil com o blues nas seis cordas, retoma o discurso do projeto que, embora não seja completamente conceitual, faz jus à um período de maturação da obra de Arianne. Mais livre e aparentemente segura para mostrar quem realmente é artisticamente, a cantora, agora renovada, pode mostrar novas cores ao chegar na primavera.
Nota: ★★★★☆
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Arianne
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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