Análises
Ouvimos o lançamento de Os Arrais - As Paisagens Conhecidas. Confira nossa crítica

As Paisagens Conhecidas é continuação flagrante de Mais, disco anterior dos Arrais. É claro que os dois irmãos, em nenhum momento, quiseram afirmar o contrário. No repertório e especialmente a capa, todos os elementos – especialmente a fotografia e fonte – remetem ao álbum lançado em 2013.
Neste aspecto, o ouvinte mais sedento por novidades se decepcionará. Os primeiros acordes de Montréal denunciam mais um disco que navegará na poesia e suavidade de Mais. O Bilhete e o Trovão é, de longe, a melhor canção da obra. Ao versar sobre o ato de poetizar numa trajetória de vida acompanhada por um ser divino, o duo entrelaça cordas e piano, a sonoridade cresce e se torna mais densa.
Apesar das semelhanças, o novo trabalho mescla uma variedade maior de instrumentos. Outono é introduzida por guitarras, sintetizadores e violão, formando um som etéreo. Fogo, liricamente, é a faixa que mais chama a atenção. Pessimista, é incisiva e curta: "Náufrago em uma terra / Onde a ganância é lei / Ouço o choro da angústia / De um povo escravo aqui / Desconhecem que estão presos / Seguem a vida assim".
Os Arrais é um fenômeno totalmente atípico no cenário musical cristão. Suas músicas não investem em refrães incisivos, tampouco melodias firmes e agudas. Embora na contramão do que o mercado "gospel" convenciona, os irmãos ainda conseguem arraigar um público considerável. Mesmo requentando o último trabalho, André e Tiago seguem completamente anacrônicos: Provocam os ouvidos mais ortodoxos sem fazer grande alarde ou barulho. Amenos na medida.
Nota: ★★★
☆
Neste aspecto, o ouvinte mais sedento por novidades se decepcionará. Os primeiros acordes de Montréal denunciam mais um disco que navegará na poesia e suavidade de Mais. O Bilhete e o Trovão é, de longe, a melhor canção da obra. Ao versar sobre o ato de poetizar numa trajetória de vida acompanhada por um ser divino, o duo entrelaça cordas e piano, a sonoridade cresce e se torna mais densa.
Apesar das semelhanças, o novo trabalho mescla uma variedade maior de instrumentos. Outono é introduzida por guitarras, sintetizadores e violão, formando um som etéreo. Fogo, liricamente, é a faixa que mais chama a atenção. Pessimista, é incisiva e curta: "Náufrago em uma terra / Onde a ganância é lei / Ouço o choro da angústia / De um povo escravo aqui / Desconhecem que estão presos / Seguem a vida assim".
Os Arrais é um fenômeno totalmente atípico no cenário musical cristão. Suas músicas não investem em refrães incisivos, tampouco melodias firmes e agudas. Embora na contramão do que o mercado "gospel" convenciona, os irmãos ainda conseguem arraigar um público considerável. Mesmo requentando o último trabalho, André e Tiago seguem completamente anacrônicos: Provocam os ouvidos mais ortodoxos sem fazer grande alarde ou barulho. Amenos na medida.
Nota: ★★★

Ouças as músicas e saiba mais sobre: Os Arrais
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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