Análises
Ouvimos o álbum mais recente de Felipe Valente - Reversos. Confira nossa avaliação

As opiniões acerca das habilidades de Felipe Valente como compositor são quase unânimes. Afinal, basta remeter, por exemplo, ao repertório recente de intérpretes como Leonardo Gonçalves e Gabriela Rocha para constatar que o artista tem, em seu histórico, boas canções. Mas como cantor, Felipe produziu Metade (2007) e FV (2009), discos que, por suas tentativas populares, não convencem tanto.
Com a distribuição do selo LG7 pela Sony Music Brasil, Reversos foi lançado com a missão de apresentar Valente ao grande público evangélico que ainda não conhece seu trabalho. E o resultado é semelhante, embora um pouco melhor, aos seus dois trabalhos anteriores: Disco predominantemente pop, autoproduzido e cheio de passos ousados que, em vezes, parecem ser grandes demais para a dimensão de Felipe.
O que há de esmero na produção de Reversos falta em termos de repertório. Despreocupado, a música de trabalho, é uma canção pop intensa e eficiente no que se propõe. Mas, em seguida, o disco se alterna entre bons momentos e canções irregulares. Enquanto Canção de Quem Fica aposta em uma sonoridade delicada, Não Ando Só é tão comum em seu tom de rock alternativo que parece beber diretamente de alguma música do Kings of Leon. Por outro lado, quase oposto, temos o post-rock Outra Ordem, conduzido de forma intimista.
Felipe não é um grande intérprete. É, sem a menor dúvida, correto no que faz, mas para o padrão de intérprete pop, não é o suficiente. O repertório que é de sua propriedade exige agudos. E, neste aspecto, Valente é mais eficiente nas regiões médias. Em Aleluia, por exemplo, é encontrada uma direção vocal eficaz que vai além das programações e efeitos à lá Coldplay da introdução – e, diga-se de passagem, é um dos melhores arranjos do álbum. Monte Nebo é quase uma consequência de “Jamais”, com uma musicalidade graciosa, constituída por um naipe de cordas que ganha protagonismo.
Mesmo diante de todos os seus deméritos, o terceiro registro é claramente mais esforçado que os anteriores de Felipe Valente. Ainda sofre de inconsistências e do esforço em incorporar canções mais agudas. Quando Felipe mostra seu perfil mais intimista, o trabalho ganha mais legitimidade e força. Se capaz de ignorar os problemas de ritmo, o ouvinte de Reversos pode encontrar um álbum agradável.
Nota: ★★★☆☆
Com a distribuição do selo LG7 pela Sony Music Brasil, Reversos foi lançado com a missão de apresentar Valente ao grande público evangélico que ainda não conhece seu trabalho. E o resultado é semelhante, embora um pouco melhor, aos seus dois trabalhos anteriores: Disco predominantemente pop, autoproduzido e cheio de passos ousados que, em vezes, parecem ser grandes demais para a dimensão de Felipe.
O que há de esmero na produção de Reversos falta em termos de repertório. Despreocupado, a música de trabalho, é uma canção pop intensa e eficiente no que se propõe. Mas, em seguida, o disco se alterna entre bons momentos e canções irregulares. Enquanto Canção de Quem Fica aposta em uma sonoridade delicada, Não Ando Só é tão comum em seu tom de rock alternativo que parece beber diretamente de alguma música do Kings of Leon. Por outro lado, quase oposto, temos o post-rock Outra Ordem, conduzido de forma intimista.
Felipe não é um grande intérprete. É, sem a menor dúvida, correto no que faz, mas para o padrão de intérprete pop, não é o suficiente. O repertório que é de sua propriedade exige agudos. E, neste aspecto, Valente é mais eficiente nas regiões médias. Em Aleluia, por exemplo, é encontrada uma direção vocal eficaz que vai além das programações e efeitos à lá Coldplay da introdução – e, diga-se de passagem, é um dos melhores arranjos do álbum. Monte Nebo é quase uma consequência de “Jamais”, com uma musicalidade graciosa, constituída por um naipe de cordas que ganha protagonismo.
Mesmo diante de todos os seus deméritos, o terceiro registro é claramente mais esforçado que os anteriores de Felipe Valente. Ainda sofre de inconsistências e do esforço em incorporar canções mais agudas. Quando Felipe mostra seu perfil mais intimista, o trabalho ganha mais legitimidade e força. Se capaz de ignorar os problemas de ritmo, o ouvinte de Reversos pode encontrar um álbum agradável.
Nota: ★★★☆☆
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Felipe Valente
Veja também no Super Gospel:
- ZÉZIIN e convidados lançam “Atos e fatos” pela Trindade Records
- Gabriell Júnior lança novo single "O Trono É Seu" e convida à entrega total a Deus
- Tribo Galileia, Tom Calvário e Israel Rapper lançam “ATOS 3” Pela Trindade Records
- Theo Rubia e Felipe Rodrigues lançam nova versão da canção “Tu és tudo o que tenho" AO VIVO no Espírito Santo

Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
Comentários
Para comentar, é preciso estar logado.
Faça seu Login ou Cadastre-se
Se preferir você pode Entrar com Facebook