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Música gospel com qualidade - 5 ítens que todo compositor cristão deve seguir [Artigo]

André Mattos em 13/03/11 16248 visualizações
Neste artigo exclusivo para o Supergospel, o produtor musical André Mattos fala sobre composição, focado no público cristão.

Confira abaixo o texto e deixe seu comentário nas redes sociais.

Desde que resolvi trabalhar mais seriamente com música gospel, na área de produções independentes, há cerca de três anos, comecei a ter contato com muitos seres que habitam este complexo cenário, sendo que um tipo em especial tem me chamado a atenção com mais freqüência: o compositorius gospelicus, conhecido popularmente por compositor.

Podemos aqui fazer aqui uma separação entre dois grupos principais de compositores: os que são de fato e os que dizem que são. Não tenho um percentual exato, mas estimo que existam 20 a 30 dos que se dizem compositores para cada compositor de fato.

Em todas as carreiras, o mercado exige que o indivíduo se qualifique, se prepare. E nesta não é diferente. Só que tem muita gente parecendo ignorar essa realidade no meio gospel. Em nossos discursos, temos que oferecer o melhor pra Deus; na prática, o que acontece é bem diferente.

Antes de sair por aí falando que você é compositor, pense em alguns itens que fazem toda a diferença:

1.Conhecimento razoável da língua portuguesa – Como tem composições com problemas sérios nessa área. “Nos é”, “A gente vamo” e “Grorifica” “num” tá “serto”, “irmaum”.

Que tipo de música vai sair de alguém que escreve e fala erradamente? Tem que ler, procurar aprender coisas novas, exercitar e pesquisar rimas, entre outras coisas. Quer viver de suas composições? As regras da língua portuguesa devem ser suas amigas constantes.

2.Temática – Quando for compor uma música, pense no tema sobre a qual a mesma versará. Começar falando de família, depois partir pra glorificação e terminar em céu e arrebatamento não pode.

Se alguém perguntar sobre o tema da música, a resposta deve vir imediatamente. Não dá pra fazer um apanhado teológico numa única música. Por isso que os cantores gravam CD: é a oportunidade de terem músicas com diferentes temas e não diferentes temas numa única música.

3. Autenticidade – Não saia por aí copiando o seu compositor preferido. Uma coisa é buscar referências; outra é plágio. Esse último é crime previsto pelo Código Penal. Um compositor deve ser conhecido pela sua autenticidade e estilo próprios.

4. Conhecimento musical – Estude música! Aprofunde seus conhecimentos! Ouça muito de tudo, sem preconceitos! Atenção com a métrica e com a harmonia das suas músicas.

5. Apresentação ao cantor/gravadora – Não adianta fazer uma obra-prima e enviá-la ao cantor ou a uma gravadora em condições sonoras que desqualifiquem seu trabalho. Já ouviu falar que a embalagem ajuda a vender o produto? Com as composições é a mesma coisa.

Quanto melhor a qualidade de sua gravação e exposição de suas ideias, mas facilmente elas poderão ser reconhecidas. Obviamente que sem a observação dos itens anteriores, o simples cumprimento deste último será inútil.

Outros pontos poderiam ser destacados, mas creio ser estes os principais.

Você é compositor? Mãos à obra!

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André Mattos

Carioca, residente em Araucária (Paraná), 29 anos, casado com a Mariana e dois filhos, Juliana e Gabriel. Congrega na 2ª IPI de Curitiba, onde é diácono e ministro de louvor. Na área musical, desenvolve a parte executiva de produções independentes e também atua na assessoria e divulgação de alguns cantores e bandas evangélicos.


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