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Entrevista: Esdras Gallo

Redação em 03/03/06 14664 visualizações
Quais bandas ou ministérios você já tocou e como você chegou ao Renascer Praise?

Bem, a primeira não era exatamente uma banda, comecei a tocar com Jorge Camargo, no final de 80 e no mesmo ano, conheci Vencedores por Cristo, onde fiquei por 2 anos. Em 88 conheci o ministro Rod Mayer, que era líder do Troad onde toquei por quase 4 anos. Na época e tinha uma amizade bastante forte com o Apóstolo e a Bispa Sônia. Em 1994, quando me casei, minha vida teve um virada radical, fui convidado por eles para formar um coral na igreja e trabalhar tempo integral na Igreja Renascer, tudo o que parecia um sonho, acabou se tornando uma realidade e assim a minha vida passou a estar diretamente ligada à Igreja e ao Renascer Praise, onde durante todos esses anos tenho estado produzindo e co-produzindo o grupo.

Como surgiu a idéia de gravar um CD de música instrumental?

Eu já havia sido convidado para gravar um dos primeiros cd’s gospel que foi uma das maiores vendagens na época desse seguimento no mercado cristão, gravei o Instrumental Praise I e II, e mais 2 cd’s para uma outra gravadora. Acho que o tempo de gravar um cd com as minhas idéias e arranjos acabou acontecendo neste último ano, mesmo porque produzir o Renascer Praise, exige muitos meses de trabalho, preparação e dedicação. Acabei produzindo alguns grupos de louvor e no tempo de Deus, consegui finalizar o meu trabalho instrumental.

Qual a sua expectativa quanto a este CD, já que não é um tipo tão comum de música gospel?

A música instrumental tem crescido bastante nos últimos anos, mas isso ainda é infinitamente pequeno perto do universo de cd’s de grupos e cantores que temos no meio gospel. Procurei registrar neste trabalho, as experiências que tenho tido no altar com Deus, minha comunhão e a liberdade de adorar a Ele com todas as idéias e melodias que me vem à mente quando estou diante de Sua presença. Para mim a maior finalidade desse trabalho, é que as pessoas sejam edificadas, tenham momentos de comunhão e a presença de Deus possa envolvê-las através de cada louvor.

Qual o critério que você teve para a escolha das músicas?

Primeiramente, louvores que fazem o meu coração se derramar diante de Deus. Num segundo momento, músicas que sejam conhecidas pela maioria do público cristão, a música instrumental gospel, ainda está engatinhando, isto é, não existe uma cultura para este tipo de música, o que não adianta fazermos cd’s instrumentais para músicos, mas sim para a igreja de um modo geral, não abrindo mão de qualidade e excelência.

Como foi a escolha de “Lugares altos” como título do CD?

Essa música foi composta na minha casa. Uma noite o Marcelo Aguiar, veio pra casa e tinha uma letra para compor em seu cd. Quando ele me mostrou um trecho que havia escrito, o Espírito foi nos trazendo o resto da letra e saiu essa canção maravilhosa, que acabou entrando para o Praise XI. A idéia de pensarmos que Deus nos tem em seu jardim particular, que somos regados pela Sua unção para exalarmos seu Ser, só pode vir de um lugar onde somente podemos chegar, com asas espirituais. Essa música veio do Céu...

O que é mais importante, técnica ou unção? O músico pode ter as duas características?

Seria injusto qualificar o mais importante, mas falando de música, é fundamental que quem exerça o ministério de louvor, tenha conhecimento musical e o faça cheio de unção. Um grande exemplo foi Davi, que quando tocava (ministrava) aquietava o espírito que atormentava Saul. Somente a técnica não faria sair o espírito perturbador, mas Davi tinha e conhecia o poder da unção, usando-o com conhecimento. É impossível desassociar unção de técnica, porque todo chamado vem acompanhado de sabedoria e entendimento. O espírito excelente de Deus pode nos capacitar além do que pedimos para que sua obra seja aperfeiçoada, e com unção para que façamos com a força de Deus e não com a nossa.

Quais as suas maiores influências musicais?

A música sempre esteve presente na minha vida. Inicialmente a igreja em que nasci acabou por me incentivar a tocar algum instrumento, na banda da minha igreja toquei, desde caixa, até baixo tuba. Meu pai que tocava saxofone foi minha maior influência, à medida que fui crescendo, entrei no mundo da música instrumental. Sempre gostei de música brasileira, mas acabei me influenciando mais pela música americana, soul, r&b, jazz fusion, latin jazz, pop entre outros. O primeiro grande saxofonista que me influenciou, foi David Sanborn e acredito que até uma geração de saxofonistas. Tive o prazer de conhecê-lo no Via Funchal, em dezembro de 2004, quando estava em turnê pelo Brasil, um homem extremamente simples e um gênio do saxofone.

Cite alguns nomes que você escuta atualmente de saxofonistas e grupos do meio gospel nacional e internacional.

São inúmeros os grandes nomes do saxofone , mas eu destacaria os que tem mais me influenciado, como: Everette Harp, Nelson Rangel, Kirk Whalum, Andy Snitzer, Ed Calle, Dick Oatts, Michael Brecker, Bob Berg, Gerald Albrigth, Bill Evans, Warren Hill, Bob Malach, Steffano di Battista, Paul McCandless, Brandon Fields, Vinícius Dorin, Dave Koz, Eric Marienthal, Steve Cole, Grover Washington, Justo Almario, Kenny Garret, Ernie Watts, Gary Meek, Steve Tavaglione, David Mann, George Howard, Courtney Pine, Art Porter, Eddie Daniels, Tom Scott, Jeff Kashiwa, Sadao Watanabe, Bob Mintzer e o meu predileto, Marc Russo.

Tenho ouvido muitos grupos e ministros que são verdadeiros salmistas e adoradores do nosso tempo, destacaria dos nacionais; David Quinlan, Heloisa Rosa, Diante do Trono, Kleber Lucas, Mike Shea, e todos da Gospel Records.

Internacionais; Shekinah Glory, Kirk Franklin, Yolanda Adams, Chris Tomlin, David Crowder Band, Dave Lubben, PlanetShakers, Mat Redman, Delirious, Passion, Marcos Witt ...

Qual é a maior dificuldade que você se depara em uma gravação do Renascer Praise?

Um dia de gravação do Renascer Praise, só é possível na força do Senhor. Nos últimos 3 anos a gravação tem sido a céu aberto, onde a chuva pode pôr tudo a perder. Além disso, a quantidade de pessoas envolvidas é absurda para que tudo aconteça como planejado. O grande coral, por exemplo, é ensaiado em pequenos corais nas várias regionais da igreja e se reúne numa única vez, já para fazer as coreografias num grande painel humano. Tem ainda o revezamento de mais de 80 músicos que fazem parte da banda, 3 mil bailarinos e em meio a toda essa agitação, a gravação em si, de áudio e vídeo.

Tem que ser um dia de Josué onde os céus se abrem para tantos acertos, mas o que eu posso dizer é que em todos esses anos, Deus nunca nos deixou envergonhados diante da oferta que preparamos para oferecer a Ele. Deus é Fiel, é um pai que se preocupa com seu povo e libera seu Espírito que nos ensina todas s coisas.

Comente sobre sua indicação ao Troféu Talento 2006.

Na verdade foi uma surpresa, porque é o primeiro cd solo, produzido por mim, depois de muitos anos produzindo grupos de Louvor. Gostaria de ser contemplado com o troféu, mas sem dúvida estar concorrendo já é uma grande honra para este álbum que acaba de sair, e também por saber da importância desse prêmio para os músicos cristãos que participam dessa premiação que está na sua 11ª edição.

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Quem ainda não ouviu o cd, pode ter uma idéia no site www.esdrasgallo.com e é lógico, o Cd Lugares Altos, já está disponível nas melhores lojas de todo o país. Contatos: esdrasgallo@esdrasgallo.com

Texto revisado por Leone Lacerda.

Ouças as músicas e saiba mais sobre: Esdras Gallo

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