Notícias

Entrevista: Banda PontoCom

Redação em 27/09/04 14443 visualizações
Fale um pouco de cada integrante ...

Marcelo (vocal): Eu sou vocalista, fundador e líder do grupo, fora da banda trabalho pro Governo em Brasília, sou casado, 2 filhos, congrego na Batista e curto muito o trabalho da banda, por que temos alcançado nosso principal objetivo que é ganhar vidas pro evangelho.

Tiago (Baixo): Está no grupo desde o início, trabalha na igreja, é solteiro e congrega na Batista e gosta de fazenda. É muito dedicado ao trabalho da banda.

Riba (Bateria): Está no grupo quase desde o inicio, trabalha com confecções, é casado e tem um filho. Congrega no Ministério da Fé e gosta de Futebol, se falar mal do São Paulo o bicho pega.. eheheh. É o cara viagem da banda, sempre desligado de tudo, mas se empenha quando o tempo fecha.

P.A (Guitarra): Estuda Direito e é solteiro, congrega na Batista e gosta de andar de moto, ultimamente tem sido bastante dedicado a todas as questões da banda. É esforçado e já esta ajudando a compor o próximo CD.

Ed (DJ): Entrou no grupo recentemente, estuda publicidade e é solteiro, congrega na Batista e se amarra em fusca, ele tem um fusca 69 que depois de DEUS e a namorada é a vida dele, veio compor realmente o trabalho, deu uma cara mais Nu Metal e Rap core pra banda.

A banda vem se destacando nas rádios e eventos seculares. Você acha que uma banda precisa mudar estilo/letras para fazer diferença no meio secular?

Com certeza isso é inevitável. As pessoas têm que entender que existem dois tipos de estilos no gospel: um é pra o louvor o outro pra evangelização. Uma Transamérica ou Jovem Pan não vai tocar músicas de louvor, mas se tiver algo na linha do que eles tocam e tiver uma forte gravadora por de trás, eles tocam. O maior exemplo disso são bandas como P.O.D, DC talk e outros.

Vocês carregam um som mais pesado, além de algumas baladas. Quais as influências musicais da banda?

Ultimamente temos procurado bandas no meio gospel mesmo como Spoken, Empodmenth, Nickelback (dizem que é gospel) e outros.

Você acha que a música gospel nacional perde em algum ponto para a internacional?

Só em divulgação. Lá eles levam a coisa a sério, aqui fica essa briga e a gente perde mercado.

Fale um pouco sobre o 2º álbum da banda: "Os olhos falam" e se há previsão para o lançamento do DVD.

O CD "Os olhos falam" foi o 2º álbum da banda, voltado à campanha anti-drogas. Gravamos no final de 2002 pra ser lançado em 2003. A gravadora estava meio ruim nas finanças e só fez mil cópias, resumindo: a banda entrou em uma rádio secular e o CD esgotou em um mês, depois disso só agora que mandaram prensar mais cópias. Isso nos atrapalhou bastante em termos de divulgação, mas fazer o que, né? Contrato é contrato. O DVD está da mesma forma: gravamos no final de 2003 e até agora nada - não temos previsão de lançamento.

A PontoCom já tocou no BMF (Brasília Music Festival), como foi participar de um evento secular desse porte?

Foi uma aula de crescimento e profissionalismo pra nós. A gente pensava estar preparados, mas foi lá que vimos como funciona de verdade. Tocar ao lado de bandas consagradas como Charlie Brown Jr., Tihuana e Live foi muito bom pra nós. O principal alvo, que era o público, ficou meio sem entender o som de "SE ENTREGUE AO PAI, CRISTO REINA", o que causou um certo desconforto a quem estava utilizando algumas substâncias (rs). Mas enfim aprendemos que temos que ir com calma quando se trata de algo grande, para que possamos conquistar um público maior e até a mídia secular. O nosso objetivo é tornar o evangelho apreciado, às vezes não pelas nossas letras ou musicalidade, mas pelas atitudes de não se drogar ou encher a cara e fazer um show no mesmo nível dos outros, por isso nossa performance em palco melhorou muito, causando um certo interesse em quem nos assiste.

Na opinião de vocês, a igreja brasileira em geral está pronta para ver uma banda gospel tocando num show secular?

Não!! Existe um enorme preconceito. O mínimo que uma igreja poderia fazer era acompanhar a banda, fechar as portas e levar a galera pra prestigiar o trabalho e ajudar a evangelizar, mas não é isso que acontece. Alguns ainda criticam porque estamos lá no meio. Não entendo muito bem como funcionaria essa evangelização (rs). Mas enfim, ninguém vence a guerra sem um exército, concorda? E foi isso que aconteceu, estávamos sozinhos no meio do povão com a cobertura espiritual, mas pessoas mesmo não havia muitas - tinham alguns desviados e umas 30 pessoas de igrejas, mas era pouco comparado a 50.000 pessoas diárias.

Vocês são uma banda independente - existe uma pretensão de mudar de gravadora, ou pretendem manter como estão?

Acho que tudo que cresce necessita de espaços maiores. Infelizmente nossa gravadora não está dando conta da demanda. Devido ao nosso empenho em divulgação, estaremos nesse fim de ano gravando o último CD do contrato com nossa atual gravadora, depois temos o projeto de gravar um CD independente ou até mesmo por outra gravadora se houver uma proposta. Esperamos que alguém se interesse - hoje temos gravadoras expressivas no gospel que nos fazem brilhar os olhos de continuar esse trabalho: a MK, Line Records e a Gospel Records têm uma estrutura que nos interessaria bastante, mas enfim tudo está no controle de DEUS e a gente espera conseguir subir mais esse degrau.

Se forem para alguma gravadora, vocês acham que o som de vocês irá mudar de alguma forma?

Não sei, acho que tudo depende de conversa. Temos que fazer o que o público gosta, mas isso não limita um trabalho já que dependemos da mídia pra fazer acontecer. Não gostaria de mudar nosso som, pois temos conquistado o mercado da maneira que somos, mas se for necessário, com certeza. Existem bandas no meio secular que se destacam com esse tipo de som e não mudaram a cara como Charlie Brown, Tihuana, CPM22, Detonautas, etc. O gospel devia de seguir o mesmo exemplo, já que o principal alvo da nação são os jovens que curtem o bom rock and roll.

Hoje quem é pra vocês o maior expoente da música gospel nacional? E se tratando de louvor e adoração?

Sem Dúvida G3, Fruto Sagrado e no louvor Cassiane, Lagoinha e David Quilan.

Qual é o relacionamento de vocês com as outras bandas de Brasília?

É legal, o Fernando do Virtud é praticamente meu vizinho, O J.T do Metal Nobre idem e a Supernovavida me convidou recentemente pra fazer uma participação no show deles. E quando tem Marcha ou dia do evangélico estamos quase todos lá representando as raízes roqueiras da capital brasileira.

Deixem um recado para toda a galera do Supergospel que gosta de PontoCom.

Bom galera, a gente agradece a vocês pela oportunidade e pede a todos que curtem nosso trabalho que continuem orando, pois DEUS tem nos sustentado como uma grande promessa do gospel nacional. Esperamos ver este sonho realizado, cremos que uma hora vai chegar nossa vez e poderemos louvar e agradecer a DEUS por tudo que foi dito estar cumprido.

Obrigado à banda PontoCom e a Leone Lacerda pela entrevista.

Ouças as músicas e saiba mais sobre: PontoCom

Veja também no Super Gospel:


Comentários

Para comentar, é preciso estar logado.

Faça seu Login ou Cadastre-se

Se preferir você pode Entrar com Facebook