Notícias

Entrevista: Across the Sky

Redação em 15/10/04 11651 visualizações
Antes de mais nada, eu gostaria de saber como vocês se conheceram. Através do release da gravadora Word, sabemos que vocês foram contratados para seguirem carreira solo, e acabaram formando uma dupla. De quem foi a idéia de juntá-los?

Justin: A idéia foi nossa. Eu estava em Nashville trabalhando na gravadora Word e então eu conheci o Ben. Começamos a compor juntos, e oramos sobre isso. Então sentimos que o Senhor estava nos chamando para sermos uma dupla.

Ben: O ponto principal que queremos destacar é que houveram muitas pessoas envolvidas em nos apresentar, que sentaram e assistiram o nosso relacionamento acontecer. Porém posso dizer que não houve uma pessoa ou grupo em particular, e sim a providência e a fidelidade de Deus, que uniu duas pessoas que moravam a 2 mil milhas de distância uma da outra, e formou uma equipe.

Esta é a segunda vez que vocês vêm ao Brasil, sendo que a primeira foi no Rio de Janeiro, e agora em São Paulo, certo? Notaram alguma diferença entre os dois estados?

Justin: Não vi muita diferença. Em todo lugar temos visto que o povo do Brasil é muito amigável e bem hospitaleiro.

Ben: Tenho certeza que existam diferenças entre estas cidades que nós não pudemos perceber, mas o maior detalhe sobre a música (e o que trazemos) é que ela quebra qualquer diferença que possa existir, e permite que as pessoas se juntem para terem uma grande experiência num show. Amamos o Brasil porque ele não está saturado de música. Amamos vir para cá porque todos estão muito empolgados em ouvir a nossa música, e nós consideramos isso uma honra.

Quais são as suas influências musicais?

Justin: Michael W. Smith e Steven Curtis Chapman - estes na música cristã. Na música secular eu gosto de BB Mac.
Ben: Na música cristã eu cresci ouvindo Steven Curtis Chapman, e falando sobre música em geral eu gosto dos Beatles e do The Police.

Existe algum cantor ou ministério que vocês se espelham?

Ben: Essa é uma das razões principais porque as nossas influências no mercado cristão tem sido o Michael W. Smith e Steven Curtis Chapman. Eles não só fazem boa música, mas eles “vivem a vida”. Eles são cheios de integridade e honra fora do palco, e são as pessoas que queremos olhar e admirar.

Um dos Cds de maior sucesso do Michael W. Smith é o “Worship”, um trabalho lançado com músicas de louvor e adoração. No show de ontem pudemos notar que vocês têm um grande potencial cantando músicas populares de adoração. Vocês pretendem mais para frente gravar um CD só de louvor e adoração, como o “Worship”?

Justin: Eu não acho que nós vamos fazer um álbum somente de adoração, isso porque toda a nossa música já é de adoração, e você pode adorar através da nossa música. Nós acreditamos que adoração é um modo de vida, e não emoção.

No Brasil a cultura musical cristã é diferente que nos EUA. Aqui não é comum ouvir um cristão cantando música secular, e muito menos uma banda cristã cantando alguma música secular em um show. Porém algumas bandas americanas fazem isso. O que vocês pensam sobre isso?

Ben: Justin e eu acreditamos que Deus nos chamou especificamente para a música cristã. Então nossa intenção não é de alcançar o mercado em geral. Porém as músicas que escrevemos refletem a nossa vida, e principalmente o nosso relacionamento com Jesus Cristo. Mas em alguns casos nossas músicas também falam de nossos outros relacionamentos em que estamos envolvidos. Por isso nós não nos limitamos a ter que citar o nome de Jesus Cristo em todas as músicas. Por causa da nossa caminhada com o Senhor, isso (nosso relacionamento com Ele) sempre acaba aparecendo em todas as músicas que escrevemos. Então se o Senhor escolher a nossa música para atingir também o mercado secular, então isso será o trabalho de Suas mãos, e não das nossas. Nós só vamos para onde Ele nos diz para ir, seja dentro ou fora da igreja.

Nos EUA várias bandas têm feito muito sucesso, como POD por exemplo. Porém as letras das músicas destas bandas são mais populares (não falam de Deus diretamente) para poderem entrar mais facilmente no mercado secular. O que pensam sobre isso? Isso é correto?

Justin: Eu não sei se podemos dizer que isto não é correto. Mas nós queremos nos manter firmes, e escrevemos músicas dos nossos corações, que são inspiradas por Deus. Podemos dizer que bandas como POD são “cristãos em uma banda” [e não uma “banda cristã”]. Mas acho que foi para isso que Deus os chamou, porque eles estão alcançando vidas que são muito difíceis de se alcançar, sem se comprometerem. Eu creio que eles são bons no que fazem, e eles estão seguindo o Senhor.

Normalmente os shows no Brasil são muito lotados, porém ontem, no show que vocês participaram, infelizmente tivemos pouco público. Assim mesmo vocês se mostraram muito simpáticos com o público e muito carismáticos. Vocês se sentem abatidos ou desanimados quando vêem um público menor do que esperado em um show?

Justin: Não. Nós sentimos que se existe uma pessoa lá que precisa ouvir a verdade, então nós queremos estar disponíveis para alcançar este pessoa. Além disso num show como este acontece muita adoração, e nós fomos chamados para fazer isso. E não importa se tenha uma só pessoa, ou mil pessoas, nós só queremos ser obedientes ao chamado do Senhor em nossas vidas.

Ben: E também para confirmar o que o Justin disse, é fácil pensar sobre o tanto que nós trabalhamos, e esperamos ser correspondidos, mas vemos isso como sendo frustrante apenas para a “carne”. Nós nos apegamos à verdade que está escrita na Bíblia que se formos fiéis nas pequenas coisas, Deus nos dará coisas maiores.

Conheceram e ouviram alguma música aqui no Brasil?

Ouvimos e gostamos de Aline Barros e Catedral.

Vocês são casados?

Jutin: Sim, nós somos casados. Estou casado há 10 meses.

Ben: Estou casado há 6 semanas.

[NT: O empresário deles no Brasil, que estava presente na entrevista, brincou que deveríamos publicar que eles são solteiros, para que as garotas possam sonhar (risos)].

Vocês nasceram onde?

Ben: Eu nasci na Carolina do Sul

Justin: Eu nasci no Arizona, Fênix

Vocês são um dos embaixadores do “Night of Joy”, um evento com vários shows cristãos que acontecem anualmente na DisneyWorld. Como foi o show deste ano?

Ben: Foi um momento muito bom, tivemos que ir mais cedo para promover o evento, e tiveram vários artistas diferentes que representamos lá.

Justin: Foi demais! Nós fomos alguns dias antes para a Disney para montar tudo e desfrutar do parque (risos).

Esperamos que vocês possam voltar ao Brasil novamente para participar de outros shows.

Justin: Estamos em processo de acerto para estarmos voltando em Janeiro do ano que vem. Estamos bem empolgados com a idéia que existam pessoas interessadas em fazer shows nossos aqui, e estamos esperando e confiando que poderemos voltar em alguns meses.

Esta entrevista foi feita com exclusividade para a Revista Godspell e o portal Supergospel, no final de Setembro, no saguão do hotel em São Paulo onde a dupla estava hospedada.

Ouças as músicas e saiba mais sobre: Across the Sky

Veja também no Super Gospel:


Comentários

Para comentar, é preciso estar logado.

Faça seu Login ou Cadastre-se

Se preferir você pode Entrar com Facebook