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Design Gráfico e Mercado Gospel: A hora é agora [Dica Supergospel]

Igreja lotada, tapete vermelho e muitas flores.
Convidados ansiosos, todos com suas melhores roupas. Ao lado do altar, casais protagonizam um desfile de elegância. Fotógrafos, iluminadores, cinegrafistas: todos a postos.
Chegou o grande dia.
E lá vem ela: a figura mais esperada, a noiva! Todos se levantam, preparados para a apoteose, e então...
— Ei! O que é isso, minha gente?! — A noiva está entrando na igreja de chinelo de dedo e pijama!
Já pensou?
Claro: no casamento, o que importa é o amor entre os noivos e o compromisso que eles estão dispostos a assumir — mas tenta convencer seu convidado com esse papo... vai explicar esse pijamão para os jornais e revistas especializadas... vai?
Queiramos ou não, vivemos em sociedade. É assim também quando pensamos na importância do Design.
Em particular, na importância do Design no mercado gospel.
Como o vestido que enaltece a centralidade e define a figura da noiva numa cerimônia de casamento, a capa de um CD, o encarte, o material promocional associado a ele — banners, anúncios, cartazes, websites e agregados — desempenham papel fundamental na formatação, exposição e adequação da imagem (marca pessoal) de um artista.
Na vida real, os convidados da cerimônia representam o público ouvinte e consumidor, que têm expectativas muito claras a respeito do que pretendem ver quando “a noiva” (artista) aparecer.
O trabalho do designer é compreender as demandas desse público e compatibilizar tais desejos com a natureza original do artista que assina o álbum: nada mais, nada menos.
Na prática, o designer é quem vai definir a linha criativa, dirigir a fotografia, escolher a locação adequada, apontar os caminhos para o figurino, escolher as melhores fotos, tratar as imagens, distribuir as informações de texto de forma a contar uma história — não uma história qualquer, mas sim a história que todos querem ver e ouvir.
Se ele tiver certeza do que está fazendo, a história que vai contar será “apenas e tão somente” a transposição da obra musical em formas gráficas que com ela se relacionam: a tradução da obra musical em textos e imagens.
Pra isso, o designer se vale de toda uma experiência na análise da personalidade do artista, da obra que ele realiza, do meio em que está inserido, e do conhecimento da história da representação visual dos gêneros musicais.
Tudo isso com um só objetivo: valorizar a música que está contida no CD, criando uma atmosfera de significado que envolve o trabalho do artista antes mesmo do ouvinte apertar play.
E a atmosfera começa a se formar bem antes do CD existir.
A partir do momento em que uma nova capa é divulgada, inicia-se um burburinho que toma conta de todas as redes sociais, com os fãs garantindo que “o próximo CD será sensacional”, que será “ainda melhor do que o anterior”, e provavelmente “o melhor de todos os tempos”.
Foi o que aconteceu com os anúncios dos novos CDs de Resgate, Renascer Praise, Elaine de Jesus, Leonardo Gonçalves, Cassiane, Marcus Salles, DJ Alpiste, Brenda e Nádia Santolli.
Obviamente, todo esse movimento não é criado apenas pela arte do CD, mas o anúncio da nova capa acaba sendo um momento chave, porque serve de catalisador das “boas notícias” que antecedem o lançamento.
Entender essa relação é fundamental: porque, se é verdade que a arte do CD não salva ninguém de um mau disco, uma arte ruim — com fotos amadorísticas e figurino tacanho — tem o poder de detonar uma onda avassaladora de críticas a um álbum que sequer foi ouvido — sem contar os sites que denunciam aos quatro ventos artes que, ainda que bem realizadas, não passam de cópias de lançamentos internacionais.
Diante disso, a pergunta que não quer calar: vale a pena sacrificar seu prestígio como artista para economizar na arte do seu próximo álbum?
Para alegria das gravadoras e artistas independentes, o gospel no Brasil já produz, nas palavras de executivos da indústria e na visão da crítica especializada, “material gráfico de nível internacional, comparável ao que se fez de melhor no mercado secular da Europa, Estados Unidos e Japão”, só que com os orçamentos plenamente acessíveis aos bolsos brasileiros.
Com tantos artistas brasileiros criando material para demonstração, ou lançando seus próprios trabalhos de forma independente, surgiu um enorme campo para designers que tenham boa cultura geral, fotógrafos talentosos que respeitem briefings, figurinistas que conhecem do riscado e maquiladoras com informação de moda.
Para os profissionais de criação, é sempre hora de aumentar a capacitação técnica e a fundamentação teórica: não se engane, não há espaço para amadores.
E para os artistas do mercado gospel, é tempo de aproveitar os ventos favoráveis e investir num material gráfico de qualidade que abre as melhores portas num mercado cheio de concorrentes.
Do contrário, fica a dica: capricha no pijama!
Carlos André Gomes
Designer Gráfico
Contatos: public.andre@gmail.com
Twitter: @carlosandreg
_________________________________________________________________________
Além de seu escritório, onde atua de forma independente, promoveu a reformulação visual da Graça Music entre 2008-2009. Desde 2010 é o responsável pelas capas de CDs/DVDs e materiais promocionais do Gospel da Sony Music Brasil. Dentre outros pecados inconfessáveis, é um dos editores do Observartório Cristão.
Convidados ansiosos, todos com suas melhores roupas. Ao lado do altar, casais protagonizam um desfile de elegância. Fotógrafos, iluminadores, cinegrafistas: todos a postos.
Chegou o grande dia.
E lá vem ela: a figura mais esperada, a noiva! Todos se levantam, preparados para a apoteose, e então...
— Ei! O que é isso, minha gente?! — A noiva está entrando na igreja de chinelo de dedo e pijama!
Já pensou?
Claro: no casamento, o que importa é o amor entre os noivos e o compromisso que eles estão dispostos a assumir — mas tenta convencer seu convidado com esse papo... vai explicar esse pijamão para os jornais e revistas especializadas... vai?
Queiramos ou não, vivemos em sociedade. É assim também quando pensamos na importância do Design.
Em particular, na importância do Design no mercado gospel.
Como o vestido que enaltece a centralidade e define a figura da noiva numa cerimônia de casamento, a capa de um CD, o encarte, o material promocional associado a ele — banners, anúncios, cartazes, websites e agregados — desempenham papel fundamental na formatação, exposição e adequação da imagem (marca pessoal) de um artista.
Na vida real, os convidados da cerimônia representam o público ouvinte e consumidor, que têm expectativas muito claras a respeito do que pretendem ver quando “a noiva” (artista) aparecer.
O trabalho do designer é compreender as demandas desse público e compatibilizar tais desejos com a natureza original do artista que assina o álbum: nada mais, nada menos.
Na prática, o designer é quem vai definir a linha criativa, dirigir a fotografia, escolher a locação adequada, apontar os caminhos para o figurino, escolher as melhores fotos, tratar as imagens, distribuir as informações de texto de forma a contar uma história — não uma história qualquer, mas sim a história que todos querem ver e ouvir.
Se ele tiver certeza do que está fazendo, a história que vai contar será “apenas e tão somente” a transposição da obra musical em formas gráficas que com ela se relacionam: a tradução da obra musical em textos e imagens.
Pra isso, o designer se vale de toda uma experiência na análise da personalidade do artista, da obra que ele realiza, do meio em que está inserido, e do conhecimento da história da representação visual dos gêneros musicais.
Tudo isso com um só objetivo: valorizar a música que está contida no CD, criando uma atmosfera de significado que envolve o trabalho do artista antes mesmo do ouvinte apertar play.
E a atmosfera começa a se formar bem antes do CD existir.
A partir do momento em que uma nova capa é divulgada, inicia-se um burburinho que toma conta de todas as redes sociais, com os fãs garantindo que “o próximo CD será sensacional”, que será “ainda melhor do que o anterior”, e provavelmente “o melhor de todos os tempos”.
Foi o que aconteceu com os anúncios dos novos CDs de Resgate, Renascer Praise, Elaine de Jesus, Leonardo Gonçalves, Cassiane, Marcus Salles, DJ Alpiste, Brenda e Nádia Santolli.
Obviamente, todo esse movimento não é criado apenas pela arte do CD, mas o anúncio da nova capa acaba sendo um momento chave, porque serve de catalisador das “boas notícias” que antecedem o lançamento.
Entender essa relação é fundamental: porque, se é verdade que a arte do CD não salva ninguém de um mau disco, uma arte ruim — com fotos amadorísticas e figurino tacanho — tem o poder de detonar uma onda avassaladora de críticas a um álbum que sequer foi ouvido — sem contar os sites que denunciam aos quatro ventos artes que, ainda que bem realizadas, não passam de cópias de lançamentos internacionais.
Diante disso, a pergunta que não quer calar: vale a pena sacrificar seu prestígio como artista para economizar na arte do seu próximo álbum?
Para alegria das gravadoras e artistas independentes, o gospel no Brasil já produz, nas palavras de executivos da indústria e na visão da crítica especializada, “material gráfico de nível internacional, comparável ao que se fez de melhor no mercado secular da Europa, Estados Unidos e Japão”, só que com os orçamentos plenamente acessíveis aos bolsos brasileiros.
Com tantos artistas brasileiros criando material para demonstração, ou lançando seus próprios trabalhos de forma independente, surgiu um enorme campo para designers que tenham boa cultura geral, fotógrafos talentosos que respeitem briefings, figurinistas que conhecem do riscado e maquiladoras com informação de moda.
Para os profissionais de criação, é sempre hora de aumentar a capacitação técnica e a fundamentação teórica: não se engane, não há espaço para amadores.
E para os artistas do mercado gospel, é tempo de aproveitar os ventos favoráveis e investir num material gráfico de qualidade que abre as melhores portas num mercado cheio de concorrentes.
Do contrário, fica a dica: capricha no pijama!
Carlos André Gomes
Designer Gráfico
Contatos: public.andre@gmail.com
Twitter: @carlosandreg
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Além de seu escritório, onde atua de forma independente, promoveu a reformulação visual da Graça Music entre 2008-2009. Desde 2010 é o responsável pelas capas de CDs/DVDs e materiais promocionais do Gospel da Sony Music Brasil. Dentre outros pecados inconfessáveis, é um dos editores do Observartório Cristão.
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