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Confira os bastidores da primeira edição do Festival Promessas

Desde o início, o Festival Promessas 2011 foi divulgado como o maior evento de música gospel já realizado no país. Nossa equipe, no Rio de janeiro, estava pronta e preparada para fazer essa importante cobertura. Devidamente credenciados, eu, Marcelo Peredo e Tarcísio Wallace Santanna aguardávamos com muito expectativa o dia do evento. Porém, a necessidade de se apresentar as 12:00 no Hotel Novotel e a impossibilidade de entrar no local após o horário determinado fez com que nossa logística fosse por "água abaixo".
Por falar em água, estive presente no local e pude assistir as apresentações de Regis Danese e Fernandinho, mas me ausentei antes do início da Fernanda Brum, com receio de ser abalroado pela chuva que ameaçava a cidade. Marcelo Peredo também esteve presente e publicou um artigo no site OReporter [Clique aqui para ler] e Tarcísio, ainda hoje, continua repercutindo o evento em seus perfis do Twitter e Facebook.
Apesar de nossa impossibilidade de cobrir o evento, deixamos aqui registrado nosso agradecimento a Marina Ivo e Renata Ramos, da Approach, que, ao lado de Ana Paula Costa, Janaina Mangerote, Thalita Daher e Marcus Motta, membros da Quartel Designer, apoiaram toda a imprensa com atenção e disponibilidade.
Sobre o evento em si, a mídia secular está detonando. Pra ficar dentro do nosso "evangeliquês", a mídia secular está "descendo o cajado". (rs) A mídia evangélica se divide em três grupos, os que sempre foram indeferentes, continuam indiferentes, os que sempre apoiaram, continuam apoiando e os que nunca apoiaram estão fazendo a festa, em virtude do público presente ter ficado abaixo do esperado.
Como não estive nos bastidores do evento, transcrevo abaixo, com permissão, o artigo do jornalista Oziel Alves. Oziel é, entre outras coisas, editor das Revistas Música Cristã e Sonorização e Ética Cristã, e muito me alegrei pelo prazer de conhece-lo pessoalmento durante o Troféu Promessas.
Confira abaixo o texto na integra:
Minhas percepções sobre o #FestivalPromessas da Globo
Por Oziel Alves
Era pra ter sido o maior evento de música gospel já realizado no país. Era pra ser considerado um marco na história da música gospel brasileira. Era pra ter ajuntado cerca de 200 mil pessoas, mas, ao que tudo indica, o costumeiro toque de midas da Rede Globo falhou. E, falhou onde menos se podia imaginar.
Quem chegava ao Rio de Janeiro pelo aeroporto Santos Dumont, lá de cima, já podia ter uma ideia da grandiosidade do espetáculo que iria acontecer. A mega estrutura de palco e iluminação, montada em apenas 5 dias, no aterro do Flamengo, ostentava um nível técnico tão elevado, que em nada deixava a desejar para as maiores estruturas de festivais de Rock realizadas no mundo.
“O que temos aqui, em termos de equipamento é o que existe de melhor no mercado internacional. Com esta configuração, fazemos qualquer festival de rock, do porte do Rock in Rio ou até maior”, disse Breno Ferreira, Diretor de Produção da Geo Eventos, em entrevista exclusiva a Revista Música Cristã & Sonorização. “São mais de 500 mil watts de potência de luz, 250 mil watts de potência de áudio, PA dobrado, 4 torres de delay (para 40 mil pessoas, cada) com gerador exclusivo em cada uma delas, 150 moving lights, mais de 500 metros quadrados de leds de alta resolução, 28 câmeras contando com as gruas - 2 que estão em cima de prédios próximos da região e a câmera do helicóptero - e claro, uma equipe de produção e técnica composta por cerca de 600 pessoas” concluiu ele, que fez questão de salientar o tempo que a equipe de palco levava para trocar o set de uma banda para outra: apenas 8 minutos.
Desde a recepção no hotel, onde estavam hospedados os artistas e componentes das bandas, até a chegada no local do evento, todo o serviço executado pela equipe de plantão era prestado com um profissionalismo incomum ao cenário gospel. Do QG, instalado nas dependências do Novotel, as vans faziam o transporte de artistas, pastores, instrumentistas, produção e imprensa, sem que qualquer problema de organização pudesse ser notado.
Ao chegar nos bastidores, difícil era conter a empolgação. Dos camarins, passando pela sala de imprensa - com comida e bebida farta - até o palco, tudo era perfeito. Apesar da fraca garoa, tecnicamente, tudo contribuía para que o evento fosse um sucesso e extrapolasse a previsível marca das 200 mil pessoas esperadas para a festa, conforme noticiou o Jornal Nacional, um dia antes do Festival. Afinal, quem ousaria duvidar disso, se todo ano, só o casting do grupo MK, ajunta cerca de 300 mil pessoas para o famoso Louvorzão promovido pela rádio 93 Fm? Ninguém.
Mas, como diz o ditado gauchesco, “o tiro saiu pela culatra”. Segundo os dados da polícia militar, o público que prestigiou o evento, não passou dos 10% do montante previsto. Apenas 20 mil pessoas compareceram a festa. Se o evento tivesse sido bancado por uma produtora particular, na expectativa de que somente o público pudesse suprir os seus custos, certamente teria sido a falência. Mas, como a conta foi paga, parte, pela prefeitura do Rio de Janeiro, parte pelos R$ 8,4 milhões arrecadados pelas quatro cotas disponibilizadas para anúncios que serão exibidos durante os intervalos do programa (Duração: 70 minutos), “então, não nos assustemos”.
Agora, uma infinidade de perguntas, vem à tona. O que aconteceu? Onde foi que a Globo errou, visto que qualquer um daqueles 9 cantores que estavam ali, sozinhos levariam públicos bem superiores a esta marca? Teria sido a garoa que caíra durante o evento? Ou, quem sabe, a escolha do local, distante do metrô? Teria sido um boicote do povo evangélico às intenções puramente comerciais da emissora, que agora, percebendo a grandiosidade desta fatia da população, oferece “manjares” como forma de desbancar a concorrente e, quem sabe, receber o perdão e a admiração, daqueles que, por muitos anos, a intitularam diabólica? Há quem diga que o povo não compareceu em massa, porque terá a chance de ver o programa em casa no próximo domingo. Outros dizem que a questão é espiritual e culpam a falta de divulgação e mobilização das igrejas.
Alguns veículos seculares, como a Folha.com arriscaram palpites que, infelizmente, só demonstram a total falta de conhecimento de seus repórteres quando o assunto é música gospel. Nesta pseudo matéria, em que o repórter chama o evento de fiasco, [http://bit.ly/tk9kij] o individuo se arrisca a dizer que, “a Globo pode ter superestimado o potencial dos artistas gospel de sua gravadora” (desconhecendo a presença de artistas de outras gravadoras) e sugere, nas entrelinhas do texto, que se ela tivesse chamado “estrelas” como Aline Barros e/ou Soraya Moraes esta história poderia ter sido diferente. Não cabe aqui elencar os motivos de tal afirmação, mas quem entende um pingo de música gospel, sabe que estes nomes não teriam maior relevância do que Ana Paula Valadão, Fernandinho, Fernanda Brum, Damares ou Régis Danese, apesar de alguns destes, também, não estarem mais na crista da onda.
Na mesma matéria da Folha.com o repórter diz que “com o fiasco [...], pode ser que a Globo não se arrisque a dar mais espaço ao gospel em sua programação”. De certa forma, ele pode até ter razão, mas, por outro lado, não há como ignorar uma fatia crescente que já compõe quase 30% da população.
Certamente, o resultado final do evento será medido através do IBOPE no dia 18/12 (domingo, após o programa do Didi) e ainda tem tudo pra ser considerado “o maior evento de música gospel já realizado no país”. Fato é que se a Globo quer se comunicar com o povo evangélico, até por uma necessidade de mercado, ao que tudo indica, terá que investir pesado nesta comunicação. E para que isso aconteça, não basta ouvir a liderança, é imprescindível caminhar com eles e claro, consultar quem "realmente" entende do segmento fonográfico gospel.
Afinal de contas, de toda esta situação, duas premissas parecem resumir a lição: os crentes são menos previsíveis do que se imagina; e cultura não se muda da noite pro dia.
Apesar dos pesares, certamente o desejo de todo o cristão é que dia 18, todo mundo esteja ligadinho na Globo, que a transmissão deste programa tenha um resultado impactante no mundo espiritual e que a colheita seja farta, para honra e glória do nome de Deus.
Texto: Oziel Alves
Fotos: Portal G1
Por falar em água, estive presente no local e pude assistir as apresentações de Regis Danese e Fernandinho, mas me ausentei antes do início da Fernanda Brum, com receio de ser abalroado pela chuva que ameaçava a cidade. Marcelo Peredo também esteve presente e publicou um artigo no site OReporter [Clique aqui para ler] e Tarcísio, ainda hoje, continua repercutindo o evento em seus perfis do Twitter e Facebook.
Apesar de nossa impossibilidade de cobrir o evento, deixamos aqui registrado nosso agradecimento a Marina Ivo e Renata Ramos, da Approach, que, ao lado de Ana Paula Costa, Janaina Mangerote, Thalita Daher e Marcus Motta, membros da Quartel Designer, apoiaram toda a imprensa com atenção e disponibilidade.
Sobre o evento em si, a mídia secular está detonando. Pra ficar dentro do nosso "evangeliquês", a mídia secular está "descendo o cajado". (rs) A mídia evangélica se divide em três grupos, os que sempre foram indeferentes, continuam indiferentes, os que sempre apoiaram, continuam apoiando e os que nunca apoiaram estão fazendo a festa, em virtude do público presente ter ficado abaixo do esperado.
Como não estive nos bastidores do evento, transcrevo abaixo, com permissão, o artigo do jornalista Oziel Alves. Oziel é, entre outras coisas, editor das Revistas Música Cristã e Sonorização e Ética Cristã, e muito me alegrei pelo prazer de conhece-lo pessoalmento durante o Troféu Promessas.
Confira abaixo o texto na integra:
Minhas percepções sobre o #FestivalPromessas da Globo
Por Oziel Alves
Era pra ter sido o maior evento de música gospel já realizado no país. Era pra ser considerado um marco na história da música gospel brasileira. Era pra ter ajuntado cerca de 200 mil pessoas, mas, ao que tudo indica, o costumeiro toque de midas da Rede Globo falhou. E, falhou onde menos se podia imaginar.

Quem chegava ao Rio de Janeiro pelo aeroporto Santos Dumont, lá de cima, já podia ter uma ideia da grandiosidade do espetáculo que iria acontecer. A mega estrutura de palco e iluminação, montada em apenas 5 dias, no aterro do Flamengo, ostentava um nível técnico tão elevado, que em nada deixava a desejar para as maiores estruturas de festivais de Rock realizadas no mundo.
“O que temos aqui, em termos de equipamento é o que existe de melhor no mercado internacional. Com esta configuração, fazemos qualquer festival de rock, do porte do Rock in Rio ou até maior”, disse Breno Ferreira, Diretor de Produção da Geo Eventos, em entrevista exclusiva a Revista Música Cristã & Sonorização. “São mais de 500 mil watts de potência de luz, 250 mil watts de potência de áudio, PA dobrado, 4 torres de delay (para 40 mil pessoas, cada) com gerador exclusivo em cada uma delas, 150 moving lights, mais de 500 metros quadrados de leds de alta resolução, 28 câmeras contando com as gruas - 2 que estão em cima de prédios próximos da região e a câmera do helicóptero - e claro, uma equipe de produção e técnica composta por cerca de 600 pessoas” concluiu ele, que fez questão de salientar o tempo que a equipe de palco levava para trocar o set de uma banda para outra: apenas 8 minutos.

Desde a recepção no hotel, onde estavam hospedados os artistas e componentes das bandas, até a chegada no local do evento, todo o serviço executado pela equipe de plantão era prestado com um profissionalismo incomum ao cenário gospel. Do QG, instalado nas dependências do Novotel, as vans faziam o transporte de artistas, pastores, instrumentistas, produção e imprensa, sem que qualquer problema de organização pudesse ser notado.
Ao chegar nos bastidores, difícil era conter a empolgação. Dos camarins, passando pela sala de imprensa - com comida e bebida farta - até o palco, tudo era perfeito. Apesar da fraca garoa, tecnicamente, tudo contribuía para que o evento fosse um sucesso e extrapolasse a previsível marca das 200 mil pessoas esperadas para a festa, conforme noticiou o Jornal Nacional, um dia antes do Festival. Afinal, quem ousaria duvidar disso, se todo ano, só o casting do grupo MK, ajunta cerca de 300 mil pessoas para o famoso Louvorzão promovido pela rádio 93 Fm? Ninguém.
Mas, como diz o ditado gauchesco, “o tiro saiu pela culatra”. Segundo os dados da polícia militar, o público que prestigiou o evento, não passou dos 10% do montante previsto. Apenas 20 mil pessoas compareceram a festa. Se o evento tivesse sido bancado por uma produtora particular, na expectativa de que somente o público pudesse suprir os seus custos, certamente teria sido a falência. Mas, como a conta foi paga, parte, pela prefeitura do Rio de Janeiro, parte pelos R$ 8,4 milhões arrecadados pelas quatro cotas disponibilizadas para anúncios que serão exibidos durante os intervalos do programa (Duração: 70 minutos), “então, não nos assustemos”.

Agora, uma infinidade de perguntas, vem à tona. O que aconteceu? Onde foi que a Globo errou, visto que qualquer um daqueles 9 cantores que estavam ali, sozinhos levariam públicos bem superiores a esta marca? Teria sido a garoa que caíra durante o evento? Ou, quem sabe, a escolha do local, distante do metrô? Teria sido um boicote do povo evangélico às intenções puramente comerciais da emissora, que agora, percebendo a grandiosidade desta fatia da população, oferece “manjares” como forma de desbancar a concorrente e, quem sabe, receber o perdão e a admiração, daqueles que, por muitos anos, a intitularam diabólica? Há quem diga que o povo não compareceu em massa, porque terá a chance de ver o programa em casa no próximo domingo. Outros dizem que a questão é espiritual e culpam a falta de divulgação e mobilização das igrejas.
Alguns veículos seculares, como a Folha.com arriscaram palpites que, infelizmente, só demonstram a total falta de conhecimento de seus repórteres quando o assunto é música gospel. Nesta pseudo matéria, em que o repórter chama o evento de fiasco, [http://bit.ly/tk9kij] o individuo se arrisca a dizer que, “a Globo pode ter superestimado o potencial dos artistas gospel de sua gravadora” (desconhecendo a presença de artistas de outras gravadoras) e sugere, nas entrelinhas do texto, que se ela tivesse chamado “estrelas” como Aline Barros e/ou Soraya Moraes esta história poderia ter sido diferente. Não cabe aqui elencar os motivos de tal afirmação, mas quem entende um pingo de música gospel, sabe que estes nomes não teriam maior relevância do que Ana Paula Valadão, Fernandinho, Fernanda Brum, Damares ou Régis Danese, apesar de alguns destes, também, não estarem mais na crista da onda.

Na mesma matéria da Folha.com o repórter diz que “com o fiasco [...], pode ser que a Globo não se arrisque a dar mais espaço ao gospel em sua programação”. De certa forma, ele pode até ter razão, mas, por outro lado, não há como ignorar uma fatia crescente que já compõe quase 30% da população.
Certamente, o resultado final do evento será medido através do IBOPE no dia 18/12 (domingo, após o programa do Didi) e ainda tem tudo pra ser considerado “o maior evento de música gospel já realizado no país”. Fato é que se a Globo quer se comunicar com o povo evangélico, até por uma necessidade de mercado, ao que tudo indica, terá que investir pesado nesta comunicação. E para que isso aconteça, não basta ouvir a liderança, é imprescindível caminhar com eles e claro, consultar quem "realmente" entende do segmento fonográfico gospel.
Afinal de contas, de toda esta situação, duas premissas parecem resumir a lição: os crentes são menos previsíveis do que se imagina; e cultura não se muda da noite pro dia.

Apesar dos pesares, certamente o desejo de todo o cristão é que dia 18, todo mundo esteja ligadinho na Globo, que a transmissão deste programa tenha um resultado impactante no mundo espiritual e que a colheita seja farta, para honra e glória do nome de Deus.
Texto: Oziel Alves
Fotos: Portal G1
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Roberto Azevedo
Editor-chefe do portal SuperGospel desde 2005, assessor de imprensa da cantora Marcela Taís desde 2012 e sócio da agência 2RA que hoje já conta com mais de 100 lançamentos nas plataformas digitais. Ainda exerce a função de Logística na MM7 Comunica, na AS Records, na Labidad Produções e na gravadora Futura Music (sediada na Bélgica) representando a empresa no Brasil.
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