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Confira nosso bate papo com o produtor Ruben Di Souza

“Eu não vivo de música. Vivo para a música”
Ruben Di Souza começou a carreira de instrumentista aos 15 anos de idade, como tecladista da orquestra de MPB do Cassino Dancing Show.
Logo se tornou músico de estúdio, arranjador, produtor. E hoje vive seu melhor momento.
Além de músico requisitado para shows e gravações, é sócio do tecladista Henrique Portugal, da banda Skank, no Estúdio Nosso Som, QG com equipamento de ponta e instrumentos e equipamentos vintage, onde a dupla trabalha pós produção e sound design.
Foi vencedor do Premio TIM (o mais importante prêmio musical brasileiro) de Melhor Álbum de Canção Popular em 2007. Entre os artistas que contam e contaram com seu talento estão Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, 14 Bis, Tianastácia, Jota Quest, Samuel Rosa (Skank), Vander Lee, Guilherme Arantes, Wilson Sideral, Discopraise, Liah, Rappin Hood, César Menotti & Fabiano, André Valadão, Lu Alone, Mariana Valadão e Dominguinhos.
Produziu o álbum “Fé”, de André Valadão, e o badalado “De Todo o Meu Coração”, de Mariana Valadão. É responsável pela nova revelação do pop brasileiro, Lu Alone, grande aposta para o mercado internacional.
Deixar com ele sua música é a garantia de que ela está em boas mãos. E ouvidos.
Confira abaixo a nossa entrevista:
Geralmente começamos as entrevistas perguntando como foi seu início no ministério, mas creio que isso já foi respondido exaustivamente. Sendo assim, vamos começar com uma pergunta diferente. Qual é a informação que você gostaria que todos soubessem a seu respeito?
Adorei a pergunta. Antes de ser músico, produtor e arranjador, eu sou um pai de família, tenho dois filhos - João e Bernardo - e uma esposa maravilhosa Tatá. Entendo que o meu primeiro ministério é minha família e que o segundo é o meu trabalho, a música. O que gostaria que todos soubessem é que sou um “Servo de Deus”, vivo por ele e pra ele. Em função de tudo que ele tem me dado, acho que retribuir esse amor é o mínimo que podemos fazer porque a graça e a misericórdia de Deus nosso senhor é imensurável.
No final de 2010 a Graça Music lançou o primeiro disco do projeto “Raizes” com o cantor Thalles, cujo repertório contém clássicos da música gospel. Você foi chamado para produzir, mas na verdade esse álbum é o antigo “Acústico Gospel”, produzido por você em 2006. O que mudou em relação a produção original?
A História é longa e esse disco não produzi sozinho. Eu assino ele juntamente com Henrique Portugal (da banda mineira Skank) que é meu sócio e parceiro em muitos projetos. Em 2006 nós convidamos o Thalles pra interpretar esse álbum só de Clássicos e a Sony Music lançou pelo selo Columbia.
O tempo passou e o Thalles foi contratado pela Graça Music e nós entendemos que era melhor ele estar junto da mesma gravadora do artista, então fizemos essa nova parceria com a Graça que é uma gravadora especial, onde temos muitos amigos e amamos todos lá.
Quanto a produção original, não mudou nada por acreditarmos que esse álbum é atemporal. Mudamos a capa e a ordem do repertório, no mais acredito muito que as pessoas vão curtir esse disco que é abençoadissimo e com interpretações relevantes do Thalles que é um grande cantor.
Você tem sido responsável pela renovação do pop brasileiro. Em 2009 marcou presença na Graça Music com “De Todo o Meu Coração”, de Mariana Valadão, “Fé” de André Valadão e “Se eu me humilhar” da Disco Praise. Além disso você já trabalhou com artistas como Daniela Mercury,Milton Nascimento, Jota Quest, 14 Bis, Vander Lee e César Menotti & Fabiano, Wilsom Sideral entre outros. Atualmente você tem atuado mais no mercado gospel ou no secular?
Tenho trabalhado de igual pra igual. Eu não enchergo a música como gospel ou secular, vejo música. Agora cada um tem um discurso. Durante muito tempo fiz menos coisas pro gospel, agora tenho feito mais coisas. Nos últimos dez anos tiveram pessoas que sempre acreditaram em mim e um caso clássico é a banda brasiliense Discopraise que sempre me convidou pra trabalhar com eles.
Eu acredito que o tempo nos ensina e nos amadurece, e Deus tem o tempo dele. Fico feliz demais em fazer álbuns cristãos e antes de tudo, todos os artistas evangélicos que gravei são grandes amigos e pessoas que amo muito. Tenho uma aliança forte com eles e o que me deixa mais tranqüilo é que em minhas orações eu peço Deus me coloque no centro da tua vontade. É assim tem sido.
Existem muitas diferenças entre esses dois ambientes? Poderia citar as principais?
Cada um tem o seu sotaque. Eu adoro conhecer gente nova, ouvir as histórias e aprender com cada um. Tento focar no objetivo do artista e conseguir o resultado que ele precisa. O que muda é o só o caminho. No fim tudo é musica.
Seu mais recente lançamento foi o álbum “Minhas canções” do pastor André Valadão. O disco traz um André “mais pop do que nunca”, foi muito elogiado e muito bem recebido pelas mídias em geral? Como foi o processo de produção deste repertório?
Quando falo desse cd me emociono, pois o André me prestigiou, e muito. Ele sempre acreditou em mim, mas dessa vez fomos mais fundo. Ele me procurou e me propôs de trabalharmos juntos desde do início. Só tínhamos as letras do R.R Soares que são top of the top.
Deus me deu muita graça, vivi momentos de plena alegria e comunhão. A cada encontro meu com André as músicas iam nascendo e acontecendo. Enfim sou parceiro dos dois nas dez faixas e tenho muito orgulho desse álbum. Como disse anteriormente, Deus é bom. Hoje quando vejo o álbum e me lembro de cada história que vivemos depois das músicas prontas. O outro objetivo foi dirigir o André em estúdio. Queríamos experimentar novos tons, novas formas de cantar e as coisas foram se encaixando.
Uma coisa é certa, cada detalhe desse cd foi feito com amor, com carinho. Tudo pensado e repensado. Quando falo do André falo do cara que mais me honrou até hoje, de uma pessoa que confia e acredita em mim 100%. Peço a Deus pra podermos fazer muito e muitos álbuns juntos. Temos muito pra fazer, idéias e discos, turnês, dvds e é muito bom trabalhar com quem a gente se identifica. O André tem o mesmo estilo de vida que eu, vivemos com alegria cada dia e buscamos no Senhor o nosso refúgio. Eu amo o André e sua família e estarei pronto para servi-los quando for preciso.
A Sony Music agitou o mercado em 2010, mas a maior parte do seu cast foi composto por ministérios que já eram consolidados e notórios para o público evangélico. A grande aposta da gravadora esta sendo a cantora Brenda e você foi o nome escolhido para assinar esse projeto. Como é essa responsabilidade? O que podemos esperar desse lançamento?
Sou muito amigo da diretoria (Bruno Batista, Mauricio Soares, Sergio Bittencourt). Já caminhamos juntos alguns anos. Nesse primeiro ano da Sony, eu fico muito feliz com os resultados e acredito que o Reino está ganhando muito e ainda vai ganhar mais com essa parceria.
Quando eles me procuraram pra falar do projeto da Brenda, eu me dispus na hora, sei que a responsabilidade é grande mais eu amo desafios. Quando fiz o primeiro álbum da Mariana Valadão eu só pensava que é muito mais gratificante fazer um artista do zero do que fazer um que já está caminhando. Hoje quando olho e vejo que as coisas deram certo me sinto orgulhoso.
Voltando a Brenda, ela é uma jovem cantora com um potencial absurdo. Canta muito e tem uma vida inteira pela frente. Estou˙há três meses nesse projeto. O cd está lindo. É um disco pra “Crente”. Ela é da igreja Assembléia de Deus na qual fui nascido e criado e isso nos fez indentificar no ato. O que vocês podem esperar são hinos profundos, de celebração e um certo ar pentecostal. Um disco brilhante de uma jovem cantora.
Infelizmente, na nossa música gospel, as composições vivem enfrentando tendências mercadológicas. Teve um tempo, por exemplo, que a cada 10 músicas tocadas nas rádios, 8 versavam sobre chuva. Você, como produtor, já sentiu a pressão desses movimentos?
Sou um cara muito ligado a composição e repertório. Acredito que o que faz uma carreira dar certo é o que você canta. “Refrão não dá em árvore”, por isso acho as pessoas meio intolerantes na hora de compor, rola uma pressa de ser feliz e o que me preocupa que dizem: "Deus me deu assim gente."
É preciso bom senso e muita responsabilidade para fazer letras. Talvez nos últimos dez anos não tenha feito tanta coisa por isso, sempre questionei o porque de não procurar mais opções. Graças a Deus o tempo passou e as coisas mudaram. Temos grandes compositores: Anderson Freire, Davi Fernandes, Kleber Lucas, João Alexandre, Regis Danese e também tem muita gente nova aparecendo por aí. Fico feliz por tudo isso, por essas mudanças e por todos os compositores do nosso pais. Deus é nossa fonte maior de inspiração pois tudo é dele e pra ele.
Um cd é lançado hoje e quase que de forma simultânea, o mesmo já esta disponível na internet para download. Isso sem falarmos nos cds piratas vendidos sem a menor cerimônia nas ruas e esquinas da cidade. Como esse “mercado cinza” tem influenciado o Ruben di Souza? As gravadoras estariam realizando investimentos mais ousados se não houvesse essa atividade paralela?
Acredito que o modelo de negócio mudou. Não enxergo só a música como fonte, procuro enxergar 360ø graus. O artista é forte como marca. Seu nome, seu visual, seu estilo de vida tem força. Quem olha só pra música está olhando pra uma parte muito pequena.
O Digital chegou pra fortalecer nossa cena e é fundamental. Hoje sou a favor dos downloads e da música de acesso rápido e simples. Se o modelo de negócios mudou, temos de mudar também. Prefiro olhar pra frente com a certeza de quem já atravessou muitas ondas e sabe onde quer chegar. O que importa é manter o “Foco”.
Nos seus momentos de lazer, o que você costuma ouvir? Musicalmente falando, o que te influenciou e o que te influencia hoje?
Ouço de tudo um pouco, mas a minha escola é o rock roll. É a musica que mais me identifico. O que me influenciou e ainda me influencia são os Beatles, Elvis e Stones. Tenho gostado de ouvir coisas mais simples e com menos instrumentação. Sou apaixonado pelo som da voz. O que me impressiona é o cantor. O resto é passageiro.
Se você tivesse que escolher dois conselhos para dar aos produtores do mercado gospel nacional - um na área musical e outra na área espiritual - que conselhos você daria?
Na área musical: aprenda a ouvir, a pesquisar e a investir. Você é o que você investe.
Na área espiritual: a oração é a arma do sucesso.
A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que você acha dessas novas opções de mídia?
Acho super importante. Hoje as pessoas conseguem ter acesso aos assuntos e as pessoas que elas são fãs em tempo real e isso é muito bacana. É uma ferramenta poderosa na mão das pessoas. Vocês podem me encontrar no www.twitter.com/rubendisouza. Lá é onde eu coloco algumas filosofias de vida, meu ponto de vista das coisas e falo com todo mundo.
Para encerrar, quais são os seus projetos, o que você espera no ano de 2011 para o seu ministério?
O ano começou a mil e estou feliz com o resultado das coisas. Estamos em fevereiro e muita coisa boa já aconteceu. Tive alguns convites de dvds e em breve postarei mais sobre isso.
No mais, é viver intensamente a vida, sempre agradecido a Deus pela família, saúde e amigos que venho tendo nesses últimos anos.
Obrigado, Ruben di Souza
Entrevista feita pelo colaborador Roberto Azevedo (@azevedoroberto).
Ruben Di Souza começou a carreira de instrumentista aos 15 anos de idade, como tecladista da orquestra de MPB do Cassino Dancing Show.
Logo se tornou músico de estúdio, arranjador, produtor. E hoje vive seu melhor momento.
Além de músico requisitado para shows e gravações, é sócio do tecladista Henrique Portugal, da banda Skank, no Estúdio Nosso Som, QG com equipamento de ponta e instrumentos e equipamentos vintage, onde a dupla trabalha pós produção e sound design.
Foi vencedor do Premio TIM (o mais importante prêmio musical brasileiro) de Melhor Álbum de Canção Popular em 2007. Entre os artistas que contam e contaram com seu talento estão Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, 14 Bis, Tianastácia, Jota Quest, Samuel Rosa (Skank), Vander Lee, Guilherme Arantes, Wilson Sideral, Discopraise, Liah, Rappin Hood, César Menotti & Fabiano, André Valadão, Lu Alone, Mariana Valadão e Dominguinhos.
Produziu o álbum “Fé”, de André Valadão, e o badalado “De Todo o Meu Coração”, de Mariana Valadão. É responsável pela nova revelação do pop brasileiro, Lu Alone, grande aposta para o mercado internacional.
Deixar com ele sua música é a garantia de que ela está em boas mãos. E ouvidos.
Confira abaixo a nossa entrevista:
Geralmente começamos as entrevistas perguntando como foi seu início no ministério, mas creio que isso já foi respondido exaustivamente. Sendo assim, vamos começar com uma pergunta diferente. Qual é a informação que você gostaria que todos soubessem a seu respeito?
Adorei a pergunta. Antes de ser músico, produtor e arranjador, eu sou um pai de família, tenho dois filhos - João e Bernardo - e uma esposa maravilhosa Tatá. Entendo que o meu primeiro ministério é minha família e que o segundo é o meu trabalho, a música. O que gostaria que todos soubessem é que sou um “Servo de Deus”, vivo por ele e pra ele. Em função de tudo que ele tem me dado, acho que retribuir esse amor é o mínimo que podemos fazer porque a graça e a misericórdia de Deus nosso senhor é imensurável.
No final de 2010 a Graça Music lançou o primeiro disco do projeto “Raizes” com o cantor Thalles, cujo repertório contém clássicos da música gospel. Você foi chamado para produzir, mas na verdade esse álbum é o antigo “Acústico Gospel”, produzido por você em 2006. O que mudou em relação a produção original?
A História é longa e esse disco não produzi sozinho. Eu assino ele juntamente com Henrique Portugal (da banda mineira Skank) que é meu sócio e parceiro em muitos projetos. Em 2006 nós convidamos o Thalles pra interpretar esse álbum só de Clássicos e a Sony Music lançou pelo selo Columbia.
O tempo passou e o Thalles foi contratado pela Graça Music e nós entendemos que era melhor ele estar junto da mesma gravadora do artista, então fizemos essa nova parceria com a Graça que é uma gravadora especial, onde temos muitos amigos e amamos todos lá.
Quanto a produção original, não mudou nada por acreditarmos que esse álbum é atemporal. Mudamos a capa e a ordem do repertório, no mais acredito muito que as pessoas vão curtir esse disco que é abençoadissimo e com interpretações relevantes do Thalles que é um grande cantor.
Você tem sido responsável pela renovação do pop brasileiro. Em 2009 marcou presença na Graça Music com “De Todo o Meu Coração”, de Mariana Valadão, “Fé” de André Valadão e “Se eu me humilhar” da Disco Praise. Além disso você já trabalhou com artistas como Daniela Mercury,Milton Nascimento, Jota Quest, 14 Bis, Vander Lee e César Menotti & Fabiano, Wilsom Sideral entre outros. Atualmente você tem atuado mais no mercado gospel ou no secular?
Tenho trabalhado de igual pra igual. Eu não enchergo a música como gospel ou secular, vejo música. Agora cada um tem um discurso. Durante muito tempo fiz menos coisas pro gospel, agora tenho feito mais coisas. Nos últimos dez anos tiveram pessoas que sempre acreditaram em mim e um caso clássico é a banda brasiliense Discopraise que sempre me convidou pra trabalhar com eles.
Eu acredito que o tempo nos ensina e nos amadurece, e Deus tem o tempo dele. Fico feliz demais em fazer álbuns cristãos e antes de tudo, todos os artistas evangélicos que gravei são grandes amigos e pessoas que amo muito. Tenho uma aliança forte com eles e o que me deixa mais tranqüilo é que em minhas orações eu peço Deus me coloque no centro da tua vontade. É assim tem sido.
Existem muitas diferenças entre esses dois ambientes? Poderia citar as principais?
Cada um tem o seu sotaque. Eu adoro conhecer gente nova, ouvir as histórias e aprender com cada um. Tento focar no objetivo do artista e conseguir o resultado que ele precisa. O que muda é o só o caminho. No fim tudo é musica.
Seu mais recente lançamento foi o álbum “Minhas canções” do pastor André Valadão. O disco traz um André “mais pop do que nunca”, foi muito elogiado e muito bem recebido pelas mídias em geral? Como foi o processo de produção deste repertório?
Quando falo desse cd me emociono, pois o André me prestigiou, e muito. Ele sempre acreditou em mim, mas dessa vez fomos mais fundo. Ele me procurou e me propôs de trabalharmos juntos desde do início. Só tínhamos as letras do R.R Soares que são top of the top.
Deus me deu muita graça, vivi momentos de plena alegria e comunhão. A cada encontro meu com André as músicas iam nascendo e acontecendo. Enfim sou parceiro dos dois nas dez faixas e tenho muito orgulho desse álbum. Como disse anteriormente, Deus é bom. Hoje quando vejo o álbum e me lembro de cada história que vivemos depois das músicas prontas. O outro objetivo foi dirigir o André em estúdio. Queríamos experimentar novos tons, novas formas de cantar e as coisas foram se encaixando.
Uma coisa é certa, cada detalhe desse cd foi feito com amor, com carinho. Tudo pensado e repensado. Quando falo do André falo do cara que mais me honrou até hoje, de uma pessoa que confia e acredita em mim 100%. Peço a Deus pra podermos fazer muito e muitos álbuns juntos. Temos muito pra fazer, idéias e discos, turnês, dvds e é muito bom trabalhar com quem a gente se identifica. O André tem o mesmo estilo de vida que eu, vivemos com alegria cada dia e buscamos no Senhor o nosso refúgio. Eu amo o André e sua família e estarei pronto para servi-los quando for preciso.
A Sony Music agitou o mercado em 2010, mas a maior parte do seu cast foi composto por ministérios que já eram consolidados e notórios para o público evangélico. A grande aposta da gravadora esta sendo a cantora Brenda e você foi o nome escolhido para assinar esse projeto. Como é essa responsabilidade? O que podemos esperar desse lançamento?
Sou muito amigo da diretoria (Bruno Batista, Mauricio Soares, Sergio Bittencourt). Já caminhamos juntos alguns anos. Nesse primeiro ano da Sony, eu fico muito feliz com os resultados e acredito que o Reino está ganhando muito e ainda vai ganhar mais com essa parceria.
Quando eles me procuraram pra falar do projeto da Brenda, eu me dispus na hora, sei que a responsabilidade é grande mais eu amo desafios. Quando fiz o primeiro álbum da Mariana Valadão eu só pensava que é muito mais gratificante fazer um artista do zero do que fazer um que já está caminhando. Hoje quando olho e vejo que as coisas deram certo me sinto orgulhoso.
Voltando a Brenda, ela é uma jovem cantora com um potencial absurdo. Canta muito e tem uma vida inteira pela frente. Estou˙há três meses nesse projeto. O cd está lindo. É um disco pra “Crente”. Ela é da igreja Assembléia de Deus na qual fui nascido e criado e isso nos fez indentificar no ato. O que vocês podem esperar são hinos profundos, de celebração e um certo ar pentecostal. Um disco brilhante de uma jovem cantora.
Infelizmente, na nossa música gospel, as composições vivem enfrentando tendências mercadológicas. Teve um tempo, por exemplo, que a cada 10 músicas tocadas nas rádios, 8 versavam sobre chuva. Você, como produtor, já sentiu a pressão desses movimentos?
Sou um cara muito ligado a composição e repertório. Acredito que o que faz uma carreira dar certo é o que você canta. “Refrão não dá em árvore”, por isso acho as pessoas meio intolerantes na hora de compor, rola uma pressa de ser feliz e o que me preocupa que dizem: "Deus me deu assim gente."
É preciso bom senso e muita responsabilidade para fazer letras. Talvez nos últimos dez anos não tenha feito tanta coisa por isso, sempre questionei o porque de não procurar mais opções. Graças a Deus o tempo passou e as coisas mudaram. Temos grandes compositores: Anderson Freire, Davi Fernandes, Kleber Lucas, João Alexandre, Regis Danese e também tem muita gente nova aparecendo por aí. Fico feliz por tudo isso, por essas mudanças e por todos os compositores do nosso pais. Deus é nossa fonte maior de inspiração pois tudo é dele e pra ele.
Um cd é lançado hoje e quase que de forma simultânea, o mesmo já esta disponível na internet para download. Isso sem falarmos nos cds piratas vendidos sem a menor cerimônia nas ruas e esquinas da cidade. Como esse “mercado cinza” tem influenciado o Ruben di Souza? As gravadoras estariam realizando investimentos mais ousados se não houvesse essa atividade paralela?
Acredito que o modelo de negócio mudou. Não enxergo só a música como fonte, procuro enxergar 360ø graus. O artista é forte como marca. Seu nome, seu visual, seu estilo de vida tem força. Quem olha só pra música está olhando pra uma parte muito pequena.
O Digital chegou pra fortalecer nossa cena e é fundamental. Hoje sou a favor dos downloads e da música de acesso rápido e simples. Se o modelo de negócios mudou, temos de mudar também. Prefiro olhar pra frente com a certeza de quem já atravessou muitas ondas e sabe onde quer chegar. O que importa é manter o “Foco”.
Nos seus momentos de lazer, o que você costuma ouvir? Musicalmente falando, o que te influenciou e o que te influencia hoje?
Ouço de tudo um pouco, mas a minha escola é o rock roll. É a musica que mais me identifico. O que me influenciou e ainda me influencia são os Beatles, Elvis e Stones. Tenho gostado de ouvir coisas mais simples e com menos instrumentação. Sou apaixonado pelo som da voz. O que me impressiona é o cantor. O resto é passageiro.
Se você tivesse que escolher dois conselhos para dar aos produtores do mercado gospel nacional - um na área musical e outra na área espiritual - que conselhos você daria?
Na área musical: aprenda a ouvir, a pesquisar e a investir. Você é o que você investe.
Na área espiritual: a oração é a arma do sucesso.
A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que você acha dessas novas opções de mídia?
Acho super importante. Hoje as pessoas conseguem ter acesso aos assuntos e as pessoas que elas são fãs em tempo real e isso é muito bacana. É uma ferramenta poderosa na mão das pessoas. Vocês podem me encontrar no www.twitter.com/rubendisouza. Lá é onde eu coloco algumas filosofias de vida, meu ponto de vista das coisas e falo com todo mundo.
Para encerrar, quais são os seus projetos, o que você espera no ano de 2011 para o seu ministério?
O ano começou a mil e estou feliz com o resultado das coisas. Estamos em fevereiro e muita coisa boa já aconteceu. Tive alguns convites de dvds e em breve postarei mais sobre isso.
No mais, é viver intensamente a vida, sempre agradecido a Deus pela família, saúde e amigos que venho tendo nesses últimos anos.
Obrigado, Ruben di Souza
Entrevista feita pelo colaborador Roberto Azevedo (@azevedoroberto).
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