Banda Herdeiros lança seu segundo CD - 13.13

Por Rahel Lehenbauer



Já são 17 anos na estrada. Dezessete anos que conheço o Herdeiros e acompanho a sua trajetória desde aquele começo com ares de aventura juvenil na Comunidade São Paulo de Porto Alegre. Muitas bandas na igreja começam assim: querem sair do cancioneiro, simplesmente fazer algo diferente do Hinário Luterano, que se relacione com a cultura musical mais próxima de sua própria cultura e estilo.



Se por um lado é assim que começam muitos grupos de música na IELB, do outro, na grande maioria das vezes, não é assim que eles permanecem vivos e ativos por tantos anos: seguir na estrada significa reafirmar o sentido de sua própria existência, reafirmar seu trabalho, seu serviço para o Reino de Deus.



Em seu segundo CD, lançado recentemente, surge um título enigmático "13.13", que se trata de uma referência às palavras de Paulo aos coríntios: "Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor" (1 Coríntios 13:13). A mensagem é clara, como se seguissem dizendo: estamos aqui, servindo esta igreja com nossos dons, nossa música, nossas composições por causa do amor de Jesus que nos motiva; ainda estamos na estrada por que somos herdeiros desse amor.



Entre as linhas de louvor, de adoração, de agradecimento pela ação de Deus em suas vidas, o Herdeiros também se comunica com aqueles que ainda não tiveram a sua cultura questionada e transformada pelo Evangelho na primeira faixa, intitulada "Quantas Vezes?" ("Quantas vezes você já desistiu? Quantas vezes sentado no quarto esperou uma saída pra que a vida tivesse valor?").



As letras desse CD falam de diferentes realidades, partem de pontos de vista questionadores, e fazem questão de apresentar a "Solução": "quando o Senhor, meu Deus, toca o meu coração. Desisto!" Diante daqueles que confundem o cristianismo com historias do tipo Harry Potter, o Herdeiros afirma que "Não há nem um passe de mágica, é pela fé que eu vou até o fim".



Quantas pessoas andam falando de um deus genérico que é só amor? Diante desse conceito empobrecido de deus, a faixa "Mundo Novo" apresenta aquele cujo amor se revela em um Deus que também julga. A Paz na alma de que fala a música, vem da compreensão de que Deus nos julga segundo as obras de Jesus (Romanos 13.10): eis o "mundo só de amor e perdão".



Tanto na faixa "Náufrago" como na "Dono do Mundo", a letra passa pelas desilusões e visões como a de Lennon em que, sem Deus, só nos resta mesmo imaginar uma era de paz e de amor, vivendo o momento. E mais uma vez somos apresentados ao "Amor que tudo pode mudar".



Um CD como esse abre portas. Portas que falam para o coração de muita gente do outro lado dos muros da IELB. Como na capa do disco: aberturas que se voltam para a cruz e apontam para a porta definitiva do amor de Deus. Esse é o tipo de disco para escutar diversas vezes no dia, dentro do carro, no ônibus, e em diferentes momentos.



No poprock do "13.13", as músicas e a poesia do Herdeiros me fazem pensar como temos muito para falar ao mundo, e diferentes formas de abordar as pessoas em nossa volta. Na perspectiva desse novo álbum do grupo, nessa musicalidade que ajuda a levar a mensagem da salvação para diferentes pessoas, é que fico meditando diante de Deus sobre nossa herança eterna. E então eu digo que não apenas eles mas eu também sou Herdeiros.



8- Nome das faixas do CD:

1. Quantas Vezes

2. Mais

3. Até o Fim

4. Casa de Deus

5. Mundo Novo

6. Náufrago

7. A Única Verdade É Cristo (Você nem Sabe)

8. Solução

9. Amor Que Tudo Pode Mudar

10. Dono do Mundo

11. Amor Que Tudo Pode Mudar (Versão Acústica)



Fonte:Assessoria de imprensa

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