Análises
Aqui estou, o álbum solo do Samuell Sabino (Groove Soul)

Com o tempo, seu pai o colocou em um curso de violão, mas ele acabou não se identificando com o instrumento. Mesmo assim seu pai não desistiu e se prontificou a ensiná-lo. Vendo que não era tão difícil, aos 12 anos aprendeu a tocar o instrumento.
Nesta mesma época foi montado um ministério de música na igreja com adolescentes, onde o menino fez back até os 16 anos. O vocalista principal do grupo era o Carlinhos (atualmente vocalista do FLG), com a saída dele, Samuell assumiu o vocal e daí em diante começou a aperfeiçoar sua técnica, estudando canto popular com Robson Nascimento e canto coral no Teatro da USP, o que contribuiu muito para sua formação vocal.
Aos 17 anos conheceu Valdeci de Moura, que notou que o jovem tinha um talento especial e o convidou para integrar uma banda que estava montando. Foi então que aconteceu a primeiro álbum do Groove Soul, denominado “I Sing”, com Sabino no vocal principal. Em 2003 gravou o segundo disco do Groove Soul (Cante), sendo responsável pela maioria das composições e arranjos vocais.
Dessa forma o cantor foi conquistando espaço na música gospel fazendo participações em eventos com Raiz Coral, Coral Bani, Coral Maranata, Templo Soul, Robson Nascimento, Silvera, entre outros. Gravou cds com Rap Sensation, Alternativa C, PC Baruk e jingles para empresas como Skol, Pão de açúcar, Coca Cola, Antarctica, Boticário, Globo FM e etc...
Suas principais influências na black music são: Kirk Franklin, Whitney Houston, Stevie Wonder, Boys II Men, Aaron Jones e James Brown. Atualmente continua gravando jingles e lecionando aulas de canto e no primeiro semestre de 2008 lançou seu primeiro trabalho solo com o título Aqui estou.
O repertório tem início com a pegada soul de Vem ficar. Arranjada por Jessé a blackeira conta com os versos de Cacau (Rap Sensation) e com os melismas de Isabêh (um dos precursores da black gospel evangélica).
A faixa título, Aqui estou, é um belo hino de contrição e entrega. Durante a interpretação da canção vai acontecendo ao fundo uma ministração falada, bem ao estilo muito explorado por Kirk Franklin em seus álbuns. É uma das poucas músicas que não traz nenhuma participação e Samuell explora toda sua versatilidade vocal.
Cristo é tudo pra mim é uma vinheta de exaltação a soberania de Deus. Um coral aberto em tríades (tenores, contraltos e sopranos) conduz o louvor enquanto Sabino ministra uma rápida palavra sobre confiança.
A influência do r & b do Boys II Men se faz presente em Pai de amor que conta com a participação de Bruno Oliveira. A canção versa sobre comunhão com Deus e é conduzida por um violão folk dedilhado por Anderson Gonçalves.
Com alegria traz com a presença de Rogério Sarralheiro, vocalista do Templo Soul. Apesar de ser autoria de Samuell a música lembra o estilo da canções do TS que mescla muito bem a pegada do soul com a cadência do r & b. Ficou faltando um arranjo de metais pra dar um colorido no arranjo.
A seguir encontramos uma oração de exaltação a Jesus com uma pegada mais lenta em relação aos louvores anteriores. Razão do meu viver traz a participação de Silvera (FLG) e conta ainda com um back vocal expressivo e muito bem organizado nas dinâmicas do turn around final.
Mantendo o repertório neste clima mais contemplativo entoamos Espírito Adorador que é mais um belo momento de oração e entrega totalmente cativante e envolvente. Na gig instrumental, além do violão e guitarra de Anderson Gonçalves, ouvimos ainda a bateria de Cleverson e o baixo de Ted (dupla entrosada desde a época do DJ Alpiste acústico). Mais uma vez destaque para a competente interpretação de Samuell e para as nuances de dinâmica executadas pelo coral.
Especial pra mim traz Daniel “Panthro” Ribeiro, que recentemente lançou seu segundo trabalho solo intitulado “Música Sagrada – Black Spiritual Songs” misturando antigos hinos da cantor cristão com canções mais atuais. O hino versa sobre confiança em Deus fazendo alusão as palavras do apóstolo Paulo encontradas em Romanos 8.
Riverson Viana, um dos tenores que compõe o naipe do Raiz Coral divide com Sabino os vocais de Toda honra. O arranjo de Jessé é swingado e cheio de groove. O clima festivo do final é empolgante.
Na faixa 10 temos uma interpretação piano e voz de Alvo mais que a neve. As duas interpretações são virtuosas e executadas com qualidade técnica impecável.
Após uma vinheta que reproduz uma conversa entre Samuel e Pregador Luo o repertório fecha com Receba o meu louvor. A canção é conduzida por uma base funkeada que lembra “Revolution” do Nu Nation Project. Conta ainda com um rap dissertado por Luo. Somzeira!
Maiores informações podem ser encontradas em: www.samuellsabino.com.br
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Samuell Sabino
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Roberto Azevedo
Editor-chefe do portal SuperGospel desde 2005, assessor de imprensa da cantora Marcela Taís desde 2012 e sócio da agência 2RA que hoje já conta com mais de 100 lançamentos nas plataformas digitais. Ainda exerce a função de Logística na MM7 Comunica, na AS Records, na Labidad Produções e na gravadora Futura Music (sediada na Bélgica) representando a empresa no Brasil.
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